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Você conhece um narcisista? Faça o teste e descubra

É provável que você já tenha cruzado com alguém que não aceita críticas, vive buscando atenção e reage com agressividade quando se sente ignorado. Mas como saber se essa pessoa é apenas egocêntrica — ou se estamos diante de um narcisista?

Um estudo recente publicado no Journal of Personality and Social Psychology revelou que indivíduos com traços narcisistas são mais propensos à exclusão social. E o mais curioso: quando se sentem rejeitados, eles tendem a intensificar comportamentos arrogantes, criando um ciclo que os isola ainda mais.

Eles são mesmo excluídos — ou apenas se sentem assim?

A psicóloga Christiane Büttner, autora da pesquisa, explica que narcisistas têm uma percepção exagerada de ameaças sociais. Às vezes, um simples olhar ou o silêncio de alguém nas redes sociais já basta para eles se sentirem atacados. Como resultado, reagem de forma hostil, afastando ainda mais as pessoas ao redor.

Sexo, poder e validação: como os narcisistas lidam com a intimidade

Aparentemente sedutores, intensos e confiantes, mas distantes, frios e egoístas quando o encanto inicial passa. Afinal, como uma pessoa narcisista lida com o sexo e os relacionamentos íntimos?

A resposta não é simples, mas um padrão se repete: o sexo e os relacionamentos não são vividos como trocas emocionais, e sim como ferramentas para alimentar o ego.

Pessoas com traços narcisistas — especialmente do tipo grandioso — tendem a enxergar o sexo como forma de validação. Muitas vezes, buscam múltiplos parceiros e relações paralelas não pelo desejo em si, mas pela necessidade constante de se sentirem desejadas, superiores ou no controle.

Conquista, não conexão

No início, o narcisista costuma ser encantador. Sabe como impressionar, usar palavras certas e envolver emocionalmente o outro. A sedução é estratégica: é a forma mais eficaz de conquistar admiração. Mas quando o outro começa a exigir reciprocidade emocional, a máscara pode cair.

“Eles tendem a perder o interesse quando sentem que já ‘ganharam o jogo’. A busca não é por conexão, e sim por aplauso”, explica a psicóloga clínica Ramani Durvasula, especialista em relacionamentos abusivos com narcisistas.

Infidelidade como jogo de poder

A traição, para muitos narcisistas, não é apenas uma opção — é um reflexo de sua visão distorcida sobre merecimento e importância. Eles se sentem acima das regras que valem para os outros. Muitas vezes, justificam a infidelidade com frases como “eu merecia algo melhor” ou “não estava sendo valorizado”.

Além disso, a infidelidade pode funcionar como uma forma de castigo. Quando se sentem ignorados ou frustrados, podem buscar outros parceiros apenas para reafirmar seu poder e provocar dor.

Dificuldade com o afeto real

A intimidade emocional é o maior desafio para o narcisista. Demonstrar vulnerabilidade, abrir o coração ou acolher fragilidades do parceiro são atitudes que, para eles, significam perda de controle. Por isso, preferem manter relações superficiais, onde não precisem lidar com emoções profundas.

Muitas vezes, a relação gira em torno deles: suas vontades, suas necessidades, seus dramas. O parceiro passa a viver em função de agradar, suprir ou evitar conflitos — e frequentemente sai emocionalmente exausto dessa dinâmica.

E o colo, o cuidado, o carinho?

Em geral, o narcisista não oferece acolhimento — e também não aceita bem quando precisa recebê-lo. O carinho verdadeiro exige empatia e entrega, duas qualidades que eles têm dificuldade em desenvolver. Quando estão fragilizados, podem até buscar consolo, mas rapidamente voltam a um padrão de frieza e distanciamento.

É possível mudar?

Sim, mas só quando há consciência e vontade real de transformação. A terapia pode ajudar, especialmente quando há traumas ou padrões de apego desregulados desde a infância. Porém, a maioria só busca ajuda quando se vê diante de uma crise que abala sua autoestima — como uma separação ou a perda de status.

Enquanto isso, para quem convive com um narcisista, o mais importante é estabelecer limites claros, preservar a própria saúde emocional e não cair na armadilha de tentar “consertá-lo”.

Afinal, em um relacionamento saudável, carinho e afeto não deveriam ser negociáveis.


Será que você convive com um narcisista? Faça o teste abaixo:

Responda “sim” ou “não” para cada item. Se você marcar 5 ou mais “sim”, há grandes chances de estar lidando com alguém com traços narcisistas — ou até mesmo reconhecendo algo em si mesmo.

1. A pessoa gosta de ser o centro das atenções o tempo todo?

2. Fica ofendida com críticas, mesmo que leves ou construtivas?

3. Reage mal quando não recebe a atenção ou os elogios que esperava?

4. Tem pouca empatia pelas emoções e necessidades dos outros?

5. Acha que merece tratamento especial em qualquer situação?

6. Costuma se fazer de vítima quando algo não sai como queria?

7. Manipula situações ou pessoas para sair em vantagem?

8. Coloca a culpa dos próprios erros sempre nos outros?

9. Vive em função de status, poder ou imagem?

10. Tem dificuldade em manter relações estáveis ou verdadeiras?

Como lidar com narcisistas?

Se a convivência é inevitável, seja no trabalho ou na família, a dica é praticar o chamado “desengajamento empático”: manter a educação e os limites bem definidos, sem se desgastar tentando agradar ou corrigir a pessoa. E, se for preciso, distanciar-se também é válido — especialmente para proteger sua saúde emocional.

Você identificou alguém ao fazer o teste? Ou talvez se reconheceu em alguns pontos? Entender os sinais é o primeiro passo para mudar — ou se proteger de quem não está disposto a isso.

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