Polícia Civil prende dois suspeitos de envolvimento em ataque cibernético que causou prejuízo de R$ 107 milhões a banco

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante, na última quinta-feira (3), dois homens suspeitos de integrar uma organização criminosa responsável por um ataque cibernético milionário a um banco com sede no estado do Pará. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 107 milhões.

Os suspeitos, de 24 e 28 anos, foram localizados em Belo Horizonte, após saírem de uma agência bancária no bairro Boa Viagem. Com eles, os policiais apreenderam um veículo utilizado nas ações, dois celulares e R$ 1.564 em dinheiro. Além disso, cerca de R$ 2 milhões foram bloqueados em contas bancárias ligadas aos investigados. Parte do valor desviado — aproximadamente R$ 63 milhões — já foi recuperada.

Segundo as investigações, o crime foi facilitado por um funcionário do próprio banco, que teria colaborado com o esquema entre os dias 30 de junho e 1º de julho. O dinheiro subtraído foi distribuído entre diversas contas empresariais, muitas delas em Belo Horizonte. Para tentar ocultar a origem ilícita dos recursos, os envolvidos falsificaram documentos públicos, segundo apuração da 3ª Delegacia Especializada em Investigação de Fraudes (Deccof), com o apoio do Ciberlab e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/MG).

Os dois homens foram autuados por crimes de furto mediante fraude cibernética, lavagem de dinheiro, falsificação de documento público, uso de documento falso e participação em organização criminosa. As penas combinadas podem ultrapassar dez anos de reclusão, além de multas previstas na legislação vigente.

As investigações continuam para identificar outros membros do grupo, inclusive o funcionário da instituição bancária e possíveis cúmplices em outras regiões do país. Os presos foram encaminhados ao sistema prisional, e a PCMG já representou pela conversão das prisões em preventivas.