Romeu Zema, governador de Minas informou nesta quinta-feira (8) que só tem estoque de medicamentos do chamado “kit Intubação” para mais “um ou dois dias” e que “poderemos ter notícias tristes” a partir de amanhã.
Zema, em entrevista coletiva na Cidade Administrativa, culpa o Ministério da Saúde pela falta de remédios em em algumas unidades de saúde do Estado. Segundo o governador, a forma de aquisição desses “kits” foram modificadas.
— Houve uma mudança no Ministério da Saúde, que pediu requisição administrativa desses insumos junto à indústria. Antes, cada unidade hospitalar fazia o pedido na indústria mas, com essa requisição, o Ministério da Saúde passou a ter acesso a toda a produção e não temos tido acesso a esses medicamentos na velocidade adequada. Informa Zema.
Ainda de acordo com governador, os hospitais que mantinham um estoque de 60 dias ou mais, agora “muitos deles têm estoque para 1 dia, 2 dias”.
— Estamos correndo risco de pacientes intubados acordarem por falta de sedativos e isso não pode ocorrer de forma nenhuma. Zema alerta.
Segundo o governador, o consumo desses remédios aumentou quase 10 vezes e Minas Gerais tenta importar os produtos.
— Temos, hoje, uma situação crítica e amanhã poderemos ter notícias desagradáveis, caso o fornecimento não seja normalizado.
Fábio Bacheretti, secretário de Estado de Saúde, afirma que a requisição administrativa feita pelo Ministério da Saúde, sobrecarrega a área técnica da SES-MG, que necessita de monitoração para fazer o remanejamento dos medicamentos para os hospitais públicos e privados.
— Todo o nosso estoque já foi disponibilizado. Não temos mais nada, somente a rede solidária (uma unidade com estoque maior pode repassar para outra). Estamos tentando buscar alternativas, substituir um bloqueador neuromuscular por outro, por exemplo. Mas isso é muito difícil. Não era papel da secretaria, era da gestão hospitalar. Informa Fábio
O governador de Minas ainda durante coletiva, relatou que o problema da falta de oxigênio foi resolvido. De acordo com Zema, os cilindros estavam em falta, mas já sanaram esse assunto.
— O problema do oxigênio foi solucionado. Era um problema mais da falta do vasilhame e, com a ajuda da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), nós conseguimos resolver. Além disso, vários hospitais que trabalhavam com cilindro se adaptaram e estão passando para um sistema de tanque de oxigênio. Informa o governador.
