A Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil) acompanha as famílias dos mortos na operação do Jacarezinho, a mais letal da história do Rio de Janeiro. A advogada Patrícia Félix, integrante da comissão, identificou na manhã de hoje 16 famílias que aguardavam para fazer o reconhecimento dos corpos no IML (Instituto Médico Legal), na região central do Rio de Janeiro.
A advogada Patrícia Félix, integrante da comissão, identificou na manhã de hoje 16 famílias que aguardavam para fazer o reconhecimento dos corpos no IML (Instituto Médico Legal), na região central do Rio.
Os homens identificados até agora têm de 18 a 41 anos —sete deles têm até 23 anos. São eles:
Carlos Ivan Avelino da Costa Junior, 32 anos
Cleiton da Silva de Freitas Lima, 27 anos
Francisco Fabio Dias Araújo Chaves, 25 anos
Jhonatan Araújo da Silva, 18 anos
John Jefferson Mendes Rufino da Silva, 30 anos
Jonas do Carmo, 31 anos
Isaac Pinheiro de Oliveira, 22 anos
Márcio Manoel da Silva, 41 anos
Marlon Santana de Araújo, 23 anos
Maurício Ferreira da Silva, 27 anos
Natan Oliveira de Almeida, 21 anos
Rai Barreto de Araujo, 19 anos
Richard Gabriel da Silva Ferreira, 23 anos
Rômulo Oliveira Lucio, 20 anos
Toni da Conceição, 30 anos
Wagner Luis de Magalhães Fagundes, 38 anos
Ontem o policial civil morto durante a operação foi identificado como André Leonardo de Mello Frias —ele atuava na Dcod (Delegacia de Combate às Drogas). A comissão pretende auxiliar juridicamente as famílias, acompanhar a investigação policial e já oficiou um pedido para que fotos panorâmicas sejam tiradas dos corpos, para auxiliar numa possível perícia independente.
Patrícia Félix ressaltou que “a pobreza não pode ser criminalizada” e cita indícios de execução. Moradores relatam que a polícia entrou em casas e que não houve resistência em algumas casas. Foi um banho de sangue. As famílias falam que muitos se entregaram e foram assassinados.
Ela também criticou a fala do governador Cláudio Castro (PSC) sobre a realização da perícia —Castro disse ontem, por meio de nota, que “para garantir a transparência e a lisura da operação, todos os locais de confrontos e mortes foram periciados”. “Muitas casas foram banhadas de sangue. Eles vão entrar em todas? Não tem como fazer uma perícia. E os corpos que foram levados já sem vida?”. De acordo com a advogada, agora a intenção é uma perícia inteligente, com outros órgãos, para avaliar a operação
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