Um misto de expectativa e esperança tomou conta de Botucatu, interior de São Paulo, neste fim de semana. A cidade foi escolhida para ser palco de uma pesquisa inédita que teve o pontapé inicial neste domingo (16), com a vacinação em massa contra a Covid-19 de toda a população adulta.
“Vamos ter doses de vacina suficientes para imunizar toda a população brasileira. Mas nós precisamos, além da vacinação, incentivar as medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras e o distanciamento social”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante a vacinação na Escola Cardoso de Almeida.
O estudo, apoiado pelo Ministério da Saúde, medirá a eficácia da vacina AstraZeneca/Oxford produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) contra variantes do vírus. Além da vacinação, o projeto fará testagem da população e sequenciamento genético dos casos positivos, para avaliar o comportamento da doença no Brasil.
No total, 80 mil doses do imunizante da Fiocruz foram doados ao estudo pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). A expectativa é de que 60 mil pessoas recebam a primeira dose ainda neste domingo – nas primeiras duas horas, cinco mil pessoas já haviam sido imunizadas na cidade, de acordo com a prefeitura. O estudo terá duração estimada de oito meses, que incluirá a aplicação das duas doses e o monitoramento da população vacinada.
“Vamos ampliar a testagem, que está em estudo no Ministério da Saúde. Botucatu é um exemplo: testou sua população, acompanhou toda a evolução da doença e, por isso, precisou somente em duas situações fazer uma restrição maior na mobilidade”, ressaltou Queiroga.
Com informações do Ministério da Saúde