Assista a entrevista de Romeu Zema para portal uai
Julho reserva os piores dias da pandemia do novo coronavírus em Minas Gerais, segundo estimativas dos técnicos da administração estadual. Em entrevista exclusiva ao Estado de Minas nesta terça-feira (30), o governador Romeu Zema (Novo) classificou como “angustiante” o momento vivido pelos mineiros e projetou que a “situação crítica” perdurará por “pelo menos 20, 30 dias”.
“Nós estamos em um momento crítico. Isso realmente causa esse mal estar, você vendo o número de óbitos subir. Mas vamos deixar bem claro: não está faltando medicamentos ou leitos para ninguém. Isso é que realmente seria algo muito grave. Temos que estar preparados para o que vai acontecer e sabemos que esta situação crítica vai continuar por pelo menos 20, 30 dias”, disse.
Os números da COVID-19 em Minas Gerais
Segundo boletim epidemiológico divulgado nesta terça pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), Minas Gerais tem 45.001 casos confirmados de COVID-19, dos quais 965 resultaram em mortes. Do total de infectados identificados, há ainda 17.604 pacientes em acompanhamento e outros 26.432 recuperados.E os números tendem a crescer em velocidade maior nos próximos dias. A previsão da SES é que o pico da pandemia em Minas Gerais seja em 15 de julho, quando devem ser registrados mais de 2 mil novos casos e mais de 50 novas mortes no estado. Segundo Zema, a situação é “angustiante”.“Realmente, é uma situação angustiante, tensa. Não resta a menor dúvida que isso afeta o emocional de todos, mais ainda daqueles que tomam decisões, porque é um momento em que vidas estão em jogo”, disse o governador. Zema voltou a admitir a possibilidade de lockdown (bloqueio total) em determinadas cidades, mas entende que dificilmente a medida será adotada ao mesmo tempo em todo o estado.
“Se numa cidade pequena, nós tivermos um surto enorme, porque ali um grupo muito grande de pessoas se contaminou, talvez essa situação venha a ser necessária, mas pontualmente. Vale lembrar que temos quase descartado um lockdown geral no estado, isso seria muito pouco provável”, analisou.