Dois jogos da Rodada 3 no último sábado (08), no Estádio Municipal Júlio Aguiar, quem destacou de fato, foram os técnicos das equipes, pena que esse destaque foi negativo.
No primeiro jogo, o treinador foi expulso por agressões verbais ao árbitro e mesmo após expulsão, o mesmo continuou com agressões verbais pesadas e agora vai para a Comissão Disciplinar definir a pena do técnico, que automaticamente já está fora do próximo jogo, porém, podendo pegar mais jogos de suspensão de acordo com o CBJD –
Código Brasileiro de Justiça Desportiva Desportiva.
O artigo 251 prevê suspensão de 1 (uma) a 4 (quatro) partidas, para o atleta ou membro da equipe que reclamar por gestos ou palavras, contra as decisões da arbitragem ou desrespeitar o árbitro e seus assistentes.
Em suma: xingar o juiz no estádio configura crime, sim. As pessoas não são denunciadas por isso pela inviabilidade de processos desse porte. Previsto pelo CPB.
No jogo de fundo, a situação foi bem mais complexa, chegando a agressões verbais, físicas e até ameaça de dar tiro por parte de um diretor de equipe.
No caso de agressão física, o art. 254-A, da referida Lei, prevê a pena de suspensão de 4 a 12 partidas a quem “praticar agressão física durante a partida”.
Apesar da arbitragem não ter feito uma boa atuação, talvez pela pressão de um jogo tão complexo, nada justifica as agressões e ameaças. O Futebol Amador não merece isso, até mesmo pelo fato de “não ser mais Amador”, fazendo com que a categoria que consagra o nome, hoje se torna cada vez mais semiprofissional, tornando-se um mercado paralelo em toda região.
Abrem-se o pregão e as ofertas e contraofertas são em todo tempo, inflacionando uma competição onde deveria jogar-se por amor, deixando os presidentes de equipes com muitas dores de cabeça, pois envolve muito $$$ e eleva também os custos por partidas.
O outro caso é ainda mais complicado, pois vem de um técnico que também está diretamente ligado a organização de muitas competições amadoras. Servidor Público na área do esporte e que promove competições, deveria ser exemplo.
Porém, não foi bem assim, o técnico simplesmente proferiu inúmeras ofensas a arbitragem e teve que ser contido por outras pessoas para impedir a agressão física do árbitro do segundo jogo, por sorte, o árbitro, além de muito humilde, teve a sabedoria de se manter em silêncio.
A atitude do técnico demonstra um tipo de ação que nos remete ao contemporâneo dos primeiros tempos de uma civilização; antigo, ancestral, remoto.
O homem evoluiu tanto no saber, que hoje, em passos acelerados, ele vai se tornando cada vez mais primitivo.
Momento de reflexão:
De fato, ladrões não roubam uma casa vazia, alguns preferem os cofres cheios.
Por sorte, as vezes ter uma “casa vazia” materialmente falando, é melhor que ter uma casa “cheia de coisas alheias”.
Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida. Desvia de ti a falsidade da boca, e afasta de ti a perversidade dos lábios.
Melhor é um bocado de pão seco com tranquilidade do que uma casa cheia de festins com rixas. O servo que procede sabiamente dominará sobre o filho que causa vergonha; e entre os irmãos repartirá a herança. O crisol é para a prata, e o forno, para o ouro; mas Jeová prova os corações.