O Natal se aproxima, e com ele, os tradicionais enfeites e celebrações que se tornam marcos esperados por muitos.
Mas, à medida que as luzes piscam e as decorações ganham vida, é inegável o reflexo do que representa essa época para diferentes pessoas.
Patrocínio se colore mais cedo este ano, com trenzinhos e promessas de uma celebração natalina sem precedentes.
A ironia se revela ao observar a mudança nas decorações, anunciada em pleno período pré-eleitoral, trazendo consigo a promessa de um Natal inigualável.
A figura do Papai Noel, símbolo de generosidade e esperança, é comparada de maneira perspicaz aos políticos locais, que, como o bom velhinho, surgem esporadicamente com promessas e gestos grandiosos.
Entretanto, assim como a ilusão do Papai Noel, a realidade mostra uma discrepância entre o prometido e o entregue.
O verdadeiro espírito natalino, afinal, reside naqueles que dão amor, cuidado e presentes, muitas vezes nas figuras dos pais que se esforçam para tornar essa época especial para seus filhos.
A reflexão se aprofunda ao evidenciar a dualidade que envolve essa época festiva.
Enquanto as mesas se enchem de fartura e alegria, há também o contraste de tantas outras mesas vazias e crianças desprovidas de presentes.
É um período em que se prega o amor e a solidariedade, mas onde, por vezes, o egoísmo e outros pecados capitais se manifestam de forma mais evidente.
Tal como a presença intermitente do Papai Noel, a aparição esporádica dos políticos na vida cotidiana é alvo de comparação.
Promessas grandiosas e gestos magnânimos que, por vezes, se perdem na realidade da desigualdade social e no desejo intrínseco pelo poder.
A hipocrisia, infelizmente, se faz presente em muitas esferas, tanto nas promessas políticas quanto nas festividades natalinas.
Este é um momento para questionar e refletir sobre o verdadeiro significado do Natal, sobre as ações concretas necessárias para efetivar a paz, a empatia e a igualdade social tão almejadas neste período festivo e em todos os dias do ano, algo que nunca se concretizará.