No sombrio tabuleiro político de Patrocínio, onde as águas turvas do DAEPA refletem a negligência, a ironia dança entre a escassez declarada e a promessa de abundância.
Enquanto pedem uso racional da água, juram que não há desabastecimento, desafiando a lógica em sua estrutura precária, um labirinto oculto de quilômetros de água barrenta.
Neste circo de paradoxos, vendem a água mais barata, como se a mediocridade fosse digna de preço. O sucateamento é a palavra de ordem, uma sinfonia dissonante entre a quantidade ostentada e a qualidade esquecida.
A politicagem, sórdida e desavergonhada, tece suas mentiras, entrelaçando interesses do Daepa com um improvável romance entre política, futebol e transações milionárias. Um grupo político acalenta um clube de futebol endividado, enquanto a cidade, inocente e envolta em sua própria névoa laranja, parece não perceber que está sendo tomada de todas as formas.
No jogo do poder, a cidade é peça no tabuleiro, e as laranjas, como plantações invasivas, pintam cada canto. Um tom irônico paira no ar, questionando se restará um lugar não tingido pelas nuances saturadas do laranja.
Patrocinenses, envoltos na inocência, talvez não percebam que a cidade está prestes a ser colorida por uma paleta de manipulação e interesses obscuros.
A “tomada” do Daepa na marra pode ser apenas mais um capítulo nesse intrigante conto de poder e laranjas.
A transformação de Patrocínio na Terra Prometida das Laranjas, Sob a Tutela do Poderoso Chefão da Politicagem.