Foi comprovado por um estudo revisional que avaliou dados de 40 outros estudos em diversos países , sobre total ineficácia dos testes rápidos para detecção do novo covid-19. Testes esses que foram comprados às pressas pelo governo de Rondônia e até hoje não foram entregues em sua totalidade.
Foi concluído pelos pesquisadores que 34% dos testes rápidos fornecem resultados considerados falso negativo,ou seja, pessoas infectadas são diagnosticadas como saudáveis erroneamente , o que colabora para propagação do vírus.
O estudo indica que a cada mil pessoas, 34 serão classificadas como saudáveis, quando na verdade, estão contagiadas pelo vírus Sars-CoV-2. No mesmo cenário, 31 a cada 900 pessoas terão sido identificadas como se tivessem anticorpos contra a covid-19, quando, na verdade, não têm.
Os pesquisadores alertam o baixo desempenho desses testes rápidos, especialmente se forem levados em conta para a criação do que vem sendo chamado de “passaportes de imunidade”, uma espécie de selo que permite às pessoas que têm anticorpos viajarem ao exterior.
Os resultados do estudo de revisão estão de acordo com a recomendação da Organização Mundial de Saúde, como forma de não usar os testes rápidos para diagnosticar o covid-19.
Publicado em 1º de julho na revista científica BMJ, o estudo indica que os estudos mais confiáveis são aqueles feitos com amostras de sangue, e não apenas com uma ou duas gotinhas de sangue analisadas em tempo real. Os testes com maiores taxas de acerto são o Elisa e o teste de quimioluminescência.