quinta-feira, 24 outubro
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Situação de extrema miséria iguala homens e animais na disputa por comida em um lixão

O vírus da miséria é maior que qualquer outro e mata mais que o coronavírus, países como o Brasil e todos os subdesenvolvidos não tem como se falar em fechamento do comércio, é insustentável e mataria mais que a própria covid.

A luta pela sobrevivência iguala homens e animais:
Uma criança disputa a comida do dia com abutres.
Fotografia premiada com o World Press de 1973 mostra homens e animais disputando comida em um lixão.
Publicada em 1972 no jornal sueco Dagens Nyheter, a imagem mostra um lixão de Belo Horizonte, no qual viviam cerca de três mil pessoas em situação de extrema miséria, fazendo com que homens, mulheres e crianças disputassem com abutres pedaços de carne jogados no lixo.
Texto – Adriana de Paula

A economia mundial poderia se recuperar cerca de 4% em 2021, mas a quantidade de pessoas que vivem em situação de pobreza extrema não mudará, segundo postagem em um blog do Banco Mundial publicado nesta terça-feira (9), que mostra um cenário “particularmente preocupante” para a Índia.

Isso se dá principalmente por causa das taxas de crescimento dos países mais pobres, explicam os quatro autores dessa publicação, entre eles Andrés Castaneda Aguliar, do departamento de desenvolvimento econômico do Banco Mundial.

A instituição, com sede em Washington, declarou na segunda-feira que o número de pessoas em situação de extrema pobreza pode aumentar este ano de 70 para 100 milhões, principalmente por causa do impacto econômico da pandemia, frente aos 40 a 60 milhões estimados em abril.

Esse aumento apagará o progresso dos últimos anos no que se refere à luta contra a pobreza e poderá dificultar a meta de por fim à pobreza extrema até 2030.

“A Nigéria, Índia e a República Democrática do Congo, três países que segundo nossos dados abrigam mais de um terço dos pobres do mundo, terão taxas de crescimento do PIB per capita, respectivamente, de -0,8%, +2,1% e +0,3%”, indicam os autores da postagem.

Considerando que, ao mesmo tempo, as taxas de crescimento populacional desses países sejam de 2,6%, 1% e 3,1%, “isso dificilmente é o bastante para uma redução significativa da pobreza”, acrescentaram.

Em uma publicação anterior, os especialistas mostraram que a África Subsaariana poderia ser a mais afetada em termos de número de uma população em extrema pobreza.

Desta vez, eles argumentam que a situação é “particularmente preocupante na Índia, que abriga muitas das pessoas pobres do mundo”.

A situação é “praticamente a mesma” para a África Subsaariana em comparação com as estimativas mais recentes.

Por outro lado, o sul da Ásia pode sofrer “um aumento adicional” no número de pobres devido à pandemia.

O Banco Mundial diz que as últimas estimativas de pobreza para a Índia datam de 2011-2012.

“Portanto, é muito difícil ter uma ideia precisa da extensão da pobreza antes da propagação da pandemia, e ainda mais hoje”, acrescentaram os economistas.

Com base nos níveis mais altos de pobreza, a distribuição regional de pessoas que ingressaram nesta condição “muda significativamente”.

Das 176 milhões de pessoas que vivem com US$ 3,20 por dia, dois terços estão no sul da Ásia.

Das 177 milhões de pessoas que sobrevivem com US$ 5,50 por dia, “muitos novos pobres estão no leste da Ásia e no Pacífico e poucos na África subsaariana, simplesmente porque poucas pessoas têm esse padrão de vida”.

AFP

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