terça-feira, 22 outubro
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Privilegiados em MG: Deputados Aumentam Próprios Benefícios

Conluio Político: Aumento Abusivo do Auxílio-Moradia em Minas Gerais

📷 Crédito: Assembleia Legislativa de Minas Gerais

Numa clara demonstração de desconexão com a realidade brasileira, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) decidiu, em meio a crises econômicas e sociais, aumentar em 78% o teto do auxílio-moradia dos deputados estaduais. Enquanto o país lida com desafios como desemprego e desigualdade, a ALMG parece ignorar a urgência de priorizar os interesses da população.

O auxílio-moradia, inicialmente limitado a R$ 4.377,73 desde 2015, agora pode atingir a exorbitante cifra de R$ 7.809,54. Essa decisão, que entrou em vigor no primeiro dia do ano, vai além da inflação acumulada no período, representada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que ficou em 59%. Esse aumento desproporcional, sem dúvida, levanta questionamentos sobre a ética e a sensibilidade dos legisladores em relação à situação do país.

A mudança mais impactante foi a vinculação do auxílio-moradia a 25% do salário dos deputados estaduais, que atualmente é de R$ 31.238,19.

Tal medida, implementada sem consulta ao plenário e através de uma deliberação da Mesa Diretora, presidida por Tadeu Martins Leite, parece distante dos princípios democráticos.

A falta de transparência na tomada de decisões agrava a indignação popular diante de privilégios autoconcedidos.

Além disso, é importante ressaltar que esse aumento não representa um isolado gesto de generosidade. Prevê-se um novo reajuste a partir de fevereiro, quando o salário dos deputados estaduais aumentará novamente, elevando o auxílio-moradia para R$ 8.251,59. Um acréscimo de 88% desde o início do ano. Essa sequência de aumentos, num momento de crise, evidencia uma desconexão alarmante entre os representantes políticos e a população que deveriam servir.

Antes restrito a R$ 4.377,73, o auxílio-moradia já havia passado por alterações nos últimos anos, com propostas de cobrança de alíquota previdenciária que foram revogadas em questão de meses.

Essa instabilidade nas regras revela uma falta de planejamento e responsabilidade na gestão desses benefícios.

Em um cenário em que a população brasileira clama por maior justiça social, transparência e responsabilidade fiscal, a decisão da ALMG de aumentar significativamente os benefícios dos deputados estaduais é não apenas questionável, mas um golpe na confiança do povo nas instituições democráticas.

A urgência agora é não só reavaliar esses privilégios, mas também promover uma discussão mais ampla sobre a necessidade de uma representação política mais comprometida e alinhada com os anseios da sociedade.

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