terça-feira, 22 outubro
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Patrocínio: O Tesouro de Lembranças de uma Cidade Querida

Memórias Doces e Lembranças Profundas de uma Comunidade Vibrante

📷 Reprodução Patrocínio que eu vi.

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Adaptação do texto de Mônica Othero Nunes

A Patrocínio que eu trago no coração tem muitas lembranças 

Houve um tempo em que as ruas de Patrocínio eram como as veias de um coração pulsante, cheias de vida e memórias entrelaçadas.

Era uma cidade onde cada esquina guardava uma história e cada rosto era um capítulo vivente dessa narrativa nostálgica.

Nas manhãs ensolaradas, as casas com seus alpendres testemunhavam o retorno dos estudantes em grupos animados, enquanto o aroma tentador da comida caseira invadia o ar, fazendo até mesmo os pássaros voarem mais baixo em sua busca por migalhas perdidas.

Os pomares eram verdadeiros tesouros da natureza, com mangas suculentas, jabuticabas negras como a noite, laranjas radiantes, cidras perfumadas e goiabeiras carregadas de frutos cor de rosa.

Os doces caseiros feitos em tachos de cobre e as quitandas assadas em fornos de lenha enchiam o ar com um perfume delicioso, convidando todos a uma indulgência irresistível.

Seu Amador, com seu carrinho de pipocas na praça Santa Luzia, era uma figura querida, sempre pronta a alegrar os corações com suas guloseimas estaladiças.

E quem poderia esquecer Dona Abadia, com suas empadinhas douradas e suculentas, aceitando encomendas com um sorriso acolhedor?

Nesses tempos de simplicidade e calor humano, não havia distância que não pudesse ser encurtada com um passo decidido e um sorriso nos lábios.

Era uma época de primeiros flertes, casamentos com noivas deslumbrantes e emoções à flor da pele, onde cada novo capítulo da vida era celebrado com alegria e gratidão.

No consultório odontológico do seu Quinquim, as horas passavam lentamente para aqueles que aguardavam na fila, mas o assovio tranquilo do doutor enquanto voltava da natação no clube Catiguá trazia um alívio reconfortante, como um sinal de que tudo ficaria bem.

E o pão fresquinho entregue de bicicleta na janela ou no banco do alpendre era um presente diário que enchia os lares com um aroma reconfortante e lembranças felizes.

Dentro do consultório, o Dr. Figueiredo atendia seus pacientes com dedicação e rapidez, enquanto o Dr. Waltinho, com sua risada contagiante, trazia paz de espírito com suas palavras tranquilizadoras.

E como esquecer os personagens que tornavam Patrocínio tão especial?

Desde o Zé bonitinho com sua elegância até o Bicho Preguiça com seu inseparável machado, cada um deixava sua marca indelével na história da cidade.

Mas o verdadeiro orgulho de Patrocínio residia em suas almas generosas, como a irmã Maximiliana e o padre Pio, dedicados aos carentes e sempre dispostos a oferecer uma palavra de conforto ou um gesto de bondade.

E assim, entre lembranças doces e saudades profundas, a vida seguia seu curso na cidade onde o céu tinha as cores mais lindas do Brasil, e cada rua, cada praça, cada rosto era um elo na corrente eterna da memória.

Patrocínio, 182 anos de história! 

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