A cidade de Patrocínio se vê diante de um cenário já comum de abuso de poder e corrupção, com a recente denúncia que expõe a utilização indevida da máquina pública em benefício de interesses pessoais.
O caso do asfaltamento do quintal da residência do presidente do conselho, João Barbudo, à custa dos recursos municipais, é apenas a ponta do iceberg de uma realidade que clama por atenção e ação por parte das autoridades competentes.
A consternação da população de Macaúbas de Cima é palpável, refletindo o sentimento de desamparo e indignação diante da impunidade que parece reinar.
A revelação de que serviços terceirizados da prefeitura foram direcionados para familiares do presidente do conselho, como seu irmão e neto, sugere um evidente favorecimento em detrimento do interesse público.
Além disso, a inserção não concursada da nora do presidente do conselho na creche local, somada à utilização de equipamentos e recursos públicos para benefício pessoal, lança luz sobre uma cultura de nepotismo e desvio de verbas que não pode ser tolerada.
A omissão dos vereadores, que deveriam ser os guardiões do interesse público, agrava ainda mais a situação, evidenciando a conivência de parte do sistema político com tais práticas condenáveis.
Urge, portanto, que o Ministério Público local, representado pelo GAECO, assuma seu papel de fiscalizador e investigue essas denúncias com rigor.
Os partidos políticos de oposição, por sua vez, têm o dever moral e ético de se posicionar contra esses abusos e cobrar transparência e responsabilidade por parte da administração pública.
É preciso que a voz da sociedade seja ouvida e que medidas concretas sejam tomadas.
O silêncio não pode ser uma opção diante de tamanho descalabro.