A família do auxiliar administrativo Diogo Rocha da Silva, de 30 anos, que vinha trabalhando como auxiliar de depósito, está desesperada para encontrá-lo depois que ele desapareceu do Hospital Municipal de Contagem, onde estava internado desde a tarde de sábado, após ter sofrido uma convulsão e machucado a cabeça.
Segundo a mulher de Diogo, Késia, de 36 anos, no último sábado, ao chegar em casa para almoçar, vindo de seu emprego – é caixa de supermercado –, encontrou o marido sentado na sala de casa, com um corte na cabeça.
“Ele me contou que tinha caído e batido com a cabeça. Fiz a limpeza do local, mas pouco depois, sofreu uma convulsão. Chamei o SAMU e passei a desconfiar que ele pudesse ter tido uma anteriormente, que provocou a queda e a contusão na cabeça”, conta Késia, que disse que tão logo ele chegou ao hospital, teve outra convulsão.
Ela disse também que ele estava deprimido, por ter sido demitido do antigo emprego, assim que começou a crise do COVID’19. Conseguiu outro trabalho, mas não era o que gostava de fazer.
“No domingo, de manhã,” continua Késia, “fui ao hospital, levando roupas para ele trocar, além de escova e pasta de dente e um par de chinelos. Não me deixaram vê-lo. Só aceitavam a escova e os chinelos. Tentei vê-lo, mas não deixaram. E não me deram qualquer informação sob seu estado. Eram 10h30 quando sai de lá. Disseram-me que somente na terça-feira poderia vê-lo.”Késia voltou para casa. Na manhã dessa segunda-feira, resolveu voltar ao hospital, pois estava preocupada. No hospital, primeiro, não queriam lhe dar informações. “Mas depois, falaram que ele não estava mais lá. Depois de muito custo, consegui falar coma assistente social, que me disse que ele tinha desaparecido por volta de 12h30 de domingo. Ela disse que eles tinham registrado queixa. Entrei em desespero.”
A mulher começou então uma peregrinação, de delegacia em delegacia, para pedir ajuda. “Fui a duas delegacias de Contagem. Não quiseram aceitar a queixa. Mandaram então para Belo Horizonte e conseguiu fazer o registro na Delegacia de Pessoas Desaparecidas, no Bairro de Santa Efigênia.”
Ela lembra que o registro tinha de ter sido feito em Contagem, pois foi onde o marido estava internado. “Vou novamente à delegacia daqui para tentar conversar com o delegado e fazer o registro. Espero que alguém o tenha visto e que me ajude a encontrá-lo.”
Informações sobre o paradeiro de Diogo podem ser informadas pelo telefone particular de Késia: 99372-9762.
FONTE : EM