domingo, 24 novembro
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Grávida de 9 meses assassinada: bebê foi retirado antes de Polícia encontrar corpo

Um crime bárbaro mobiliza a Polícia de Santa Catarina. A grávida Flávia Godinho Mafra, de 25 anos, desaparecida desde a tarde desta quinta-feira (27), em Canelinha, Santa Catarina, foi encontrada morta nesta sexta-feira (28). Deu bebê retirado antes da Polícia Militar localizar o corpo na cidade de São João Batista. Flávia estava grávida de 9 meses.

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O corpo foi encontrado em uma cerâmica de São João Batista. A suspeita é que a mulher teria sido morta para o bebê ser roubado. A assassina seria uma conhecida, conforme investigações iniciais da Polícia.

Duas pessoas suspeitas de terem envolvimento foram presas. Uma delas é uma mulher que teria dado entrada no hospital alegando que teve o filho em casa. No entanto, as enfermeiras desconfiaram da história apresentada e acionaram a Polícia.

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A detida, em depoimento, contou que teria matado a vítima com um golpe de tijolo na cabeça. Para retirar o bebê do ventre da vítima, teria usado um estilete.

O bebê teve ferimentos nas costas causados por um estilete, mas passa bem. A recém-nascida deu entrada no Hospital Infantil Joana de Gusmão, na Capital catarinense nesta sexta-feira (28), onde foi medicada com antibióticos e remédios para a dor, devido as lesões. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

As apurações policiais indicam que a vítima saiu de casa de carona para participar de um chá de bebê surpresa. A mulher presa admitiu que teria feito o convite para o chá de bebê com objetivo de atrair a grávida. Mas, ao chegar no local, aproveitou o momento em que a vítima estava de costas para dar um golpe com tijolo na grávida.

Reprodução: internet

Para justificar a barbárie que teria cometido, a detida disse que também estava grávida, mas que perdeu o bebê e não contou para os familiares por causa da expectativa criada.

Assassinato planejado com antecedência

O assassinato da gestante Flavia Godinho Mafra, 24 anos, foi planejado desde junho, ao menos, segundo a polícia. A suspeita do crime, além de confessar, deu detalhes sobre a ação. Ela relatou ter uma gravidez interrompida em janeiro deste ano, mas como não contou pra ninguém sobre o aborto, decidiu roubar uma criança. 

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Ela teria escolhido Flávia por serem amigas desde os tempos da escola e terem a gravidez em um período parecido. Assim, contou para vítima que teria organizado um chá de bebê surpresa e a levou até o ponto escolhido. Na quinta-feira à tarde a mulher presa chegou a enviar mensagens a uma servidora da saúde em Canelinha falando sobre o suposto parto, para justificar o aparecimento da bebê. 

O corpo de Flávia foi localizado pelo marido e pela mãe dela. Ainda não é possível saber se o bebê foi retirado com a gestante viva ou se ela já estava morta. A autora do crime admitiu que usou um tijolo para matar a amiga, após atrair ela para o local com a justificativa de um chá de bebê surpresa.

Créditos : Corrêio Digital / NSC

Uma menina conhecida por todos na cidade, querida e que estava sempre disposta a ajudar, acompanhando a mãe na igreja e nos bingos tradicionais de Canelinha e região. Assim descrevem a professora Flávia Godinho Mafra.

Filha única, Flávia era formada em pedagogia e atuava como professora substituta na cidade. Era conhecida também pelo tempo em que trabalhou em uma papelaria em Canelinha, e recentemente estava em uma loja de bordados no município. Por causa da diabetes que a colocava no grupo de risco para a covid-19, além da gravidez, estava afastada do trabalho nos últimos meses.

– Era uma menina bem quista, trabalhadora, sempre disposta a ajudar as pessoas. Ela ia com a mãe dela nos eventos em escolas, igrejas, nos bingos. Ajudava em tudo – conta a amiga Josiane Benevenute.

Flávia casou em outubro do ano passado, e o bebê que estava prestes a nascer era muito esperado pela família. Conforme as informações divulgadas, a criança está no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, e passa bem. Inicialmente, ela ficará sob os cuidados do Conselho Tutelar.

Créditos: NSC

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