Foto: Reprodução Módulo FM
A previsão do ex-secretário de Meio Ambiente de que o “desgoverno” irá até 31 de dezembro não surpreende aqueles que acompanharam sua gestão desastrosa.
Incapaz de implementar um aterro sanitário, ele reduziu a coleta seletiva de lixo e não apoiou a Coopercac, prejudicando diretamente os catadores.
Sua falta de fiscalização das compensações ambientais e as irregularidades do Daepa e da prefeitura são apenas a ponta do iceberg.
Ele, que um dia foi um ambientalista ativista, curvou-se ao sistema político, permitiu o desmatamento de 20% do Bosque da Matinha e alterou áreas de reserva legal, transformando-as em locais vulneráveis à invasão.
No bairro Olímpio Nunes, uma área de proteção ambiental foi trocada por uma área nobre, uma manobra que expôs ainda mais a fragilidade da gestão.
Enquanto isso, invasores se apropriam da nova reserva, sem controle ou fiscalização.
Esse caos é agravado pela ausência de projetos habitacionais, deixando muitas famílias sem moradia digna.
Em um escândalo adicional, o ex-secretário aceitou que o filho de uma vereadora utilizasse dependências públicas para atividades ilícitas de jogos de azar.
Sua fala de que a sucessão não acontecerá soa como uma tentativa desesperada de desviar a atenção de suas falhas.
Este governo municipal, em conluio com a SEMA e o CODEMA, executou uma manobra maquiavélica, jogando a responsabilidade sobre invasores que só buscam um lar.
Ao final, perde-se uma área de preservação, e a população mais vulnerável é, mais uma vez, desrespeitada.
Essa gestão não apenas falhou no compromisso com o meio ambiente, mas também com os direitos básicos de seus cidadãos.