Logo após o fim do jogo diante do Palmeiras, o presidente do América-MG, Marcus Salum, caminhou sozinho, tranquilo, em direção ao seu carro no estacionamento coberto do Independência. Nada de tristeza e abatimento. Afinal, a trajetória do Coelho foi histórica na Copa do Brasil, capaz de rechear os cofres.
Eliminado na semifinal nessa quarta-feira, a equipe mineira deixa a competição com R$ 17,6 milhões acumulados em premiação. É três vezes a receita proveniente de cotas de torneios prevista no orçamento de 2020 da diretoria. O América planejava receber R$ 5,7 milhões de “competições e jogos”.
Clube mineiro de melhor campanha na milionária competição de mata-mata, o Coelho fecha 2020 de uma forma totalmente positiva. Além de ter se aproximado de uma façanha – que seria a presença na final -, segue firme para buscar o título da Série B, dois pontos atrás da líder Chapecoense, e praticamente garantido na Série A.
Na primeira divisão, virão ainda mais recursos – principalmente cota de transmissão de TV. O orçamento de 2020 previa arrecadação de R$ 37 milhões, com o clube gastando R$ 35 milhões e fechando a temporada com superávit de R$ 388 mil.
Em 2021, com o futebol brasileiro ainda convivendo com os obstáculos criados pela Covid-19, o América promete caminhar tranquilo, passo a passo, ao menos do ponto de vista econômico. Uma trajetória sem perigo, igual a de Marcus Salum no estacionamento do Independência.