domingo, 24 novembro
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Brasil pode receber testes de mais uma vacina contra a Covid-19, a da CanSino

Ela se juntaria a outras duas: a desenvolvida pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca e a da Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.

O Brasil pode receber testes de mais uma vacina contra o novo coronavírus, a desenvolvida pela empresa chinesa CanSino Biologics. A informação é da agência de notícia Reuters.

Além do país, Rússia, Chile e Arábia Saudita também estão no radar para os testes da Fase III, segundo informou o co-fundador da empresa nesse sábado (11), Qiu Dongxu, em uma conferência em Suzhou, na China. Ele não informou quando os testes começariam se, de fato, isso ocorrer.

Em maio, um estudo publicado pela revista científica Lancet apontou que a vacina produzida pela farmacêutica chinesa CanSino era a primeira segura e eficaz contra o coronnavírus.

A vacina desenvolvida pela empresa CanSino Biologics e pelo Instituto de Biotecnologia de Beijing recebeu, no fim de junho, aprovação para uso limitado em militares chineses, pelo período de um ano.

A imunização da CanSino usa um adenovírus como vetor, em abordagem similar à que empresa havia empregado no desenvolvimento de uma vacina contra o ebola.

Basicamente, o adenovírus geneticamente modificado carrega o material genético que contém o código para produzir a proteína S (de “spike” ou espícula, gancho molecular usado pelo Sars-CoV-2 para se ligar a células humanas).

Com isso, os pesquisadores esperam que se inicie a produção da proteína S, o que deverá desencadear uma reação de defesa do organismo que produza anticorpos.

Os vírus conseguem “entregar” ativamente a informação genética da imunização, o que, em tese, pode ser mais eficaz do que o material genético “solto” (o que ocorre em vacinas de RNA, por exemplo). Por outro lado, há mais riscos de efeitos colaterais.

Outra vacinas

Mais de cem vacinas contra a Covid-19 estão em estudo, e 21 delas já são testadas em seres humanos. Somente duas se encontram na fase mais avançada – a III -, e ambas serão testadas, entre outros lugares, no Brasil.

Uma dessas imunizações no estágio mais avançado foi desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. No começo de junho, foi anunciado que ocorreriam testes no Brasil, através de parceria com o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e com o Instituto D’Or (Idor).

Devem participar da fase 3 do estudo cerca de 2.000 profissionais de saúde na linha de frente no combate à Covid-19 (portanto, mais expostos à doença), sendo mil em São Paulo, onde o teste tem auxílio financeiro da Fundação Lemann, e mil no Rio de Janeiro. Com a aprovação da Anvisa, o chamamento de voluntários começou ainda em junho.

A vacina de Oxford usa um vírus para levar material genético do Sars-CoV-2 para dentro das células. Trata-se do adenovírus ChAdOx1, que causa gripe comum em chimpanzés, geneticamente modificado e enfraquecido.

A ideia novamente é expor o organismo humano à proteína S e, dessa forma, quando a pessoa entrar em contato com o vírus real, seu corpo já ter um sistema de defesa.

As fases 2 e 3 do estudo de Oxford pretendem recrutar mais de 10 mil pessoas só no Reino Unido. Na fase 2, os pesquisadores querem avaliar o efeito protetivo da imunização em diferentes faixas etárias. Já a fase 3 contará somente com pessoas acima de 18 anos.

As duas fases terão randomização para recebimento de uma ou duas doses da ChAdOx1 nCoV-19 ou de uma outra vacina (grupo que será usado como controle para o estudo).

O outro teste na fase 3 que ocorre no Brasil é o do laboratório chinês Sinovac, em parceria de transferência de tecnologia com o Instituto Butantan, que pode vir a produzí-la em larga escala. Essa vacina deve ser testada em Minas Gerais, graças a uma parceria com a UFMG (leia mais aqui).

A vacina desenvolvida pela farmacêutica Sinovac é feita a partir de vírus inativados. A ideia é modificar o vírus (no caso, o Sars-CoV-2) de modo que ele não consiga infectar as pessoas. Diversas vacinas atuais são feitas dessa forma, como a contra sarampo e pólio.

Esse tipo de vacina, porém, necessita de grandes testes de segurança. No Brasil, segundo a Sinovac, a fase 3 do estudo (que investiga a eficácia da proteção em larga escala) pretende recrutar 9.000 profissionais de saúde em locais de atendimento de Covid-19, em 12 regiões, já a partir de julho.

Entre as fases 1 (para testar segurança) e 2 (para testar eficácia) de testes, os pesquisadores aplicaram a vacina em 743 pessoas com idades de 18 a 59 anos. Segundo a empresa, após 14 dias, foi observada presença de anticorpos em 90% das pessoas, após duas aplicações da imunização.

A empresa afirma que outros braços de fase 2 de testes visam idosos e crianças e adolescentes, e que deve concluir essa fase ate o fim deste ano.

Por DA REDAÇÃO, COM FOLHAPRESS/O Tempo

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