Câmara rompe com o Executivo em fim de mandato, rejeita projetos polêmicos e aciona Ministério Público

Na reta final do governo Deiró Marra, a Câmara Municipal de Patrocínio deu um recado claro: não vai mais agir como extensão do Executivo.

Em uma virada surpreendente, os vereadores rejeitaram projetos essenciais para o prefeito e buscaram apoio do Ministério Público, garantindo que as decisões sigam com segurança e justiça.

O Legislativo, que antes parecia aliado de Marra, agora se mostra decidido a trilhar seu próprio caminho.

Entre os pontos de atrito, destaca-se o projeto de revogação da área de proteção da Serra do Cruzeiro, um importante patrimônio ambiental da cidade.

A votação foi adiada por um pedido de vistas do vereador Panxita, e os vereadores exigiram mais detalhes do secretário de Meio Ambiente, Caio Veloso, antes de decidirem.

Além disso, o promotor Breno Nascimento foi acionado para reforçar a base jurídica, o que demonstra a seriedade com que o Legislativo encara o tema ambiental.

Outros projetos importantes para o prefeito também foram barrados, incluindo alterações no sistema tributário e nos planos de carreira dos servidores do DAEPA e do IPSEM.

A emenda que buscava reduzir o mandato da mesa diretora foi adiada, reforçando que o Legislativo está longe de seguir as ordens do Executivo, sobretudo em temas com possíveis implicações judiciais.

Essa nova postura da Câmara evidencia um rompimento com o executivo.

Em vez de uma postura submissa, os vereadores assumem uma postura independente e transparente, recusando-se a apoiar decisões que possam prejudicar o meio ambiente e os direitos dos servidores.

O recado é direto: a Câmara não é mais um apoio automático, mas sim um contrapeso necessário para o poder em Patrocínio.

E sobre a perda de poder? Bem, talvez Executivo já tenha sentido o peso de uma eleição com diferença de nove mil votos.

É curioso como as portas de apoio se fecham rapidamente quando o eleitorado deixa claro o que pensa…