terça-feira, 22 outubro
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Cosplay vira oportunidade de negócio para empreendedores.

Cresce o número de negócios que ganham dinheiro com a mania de se vestir como personagens de séries, filmes, quadrinhos e games

A mania de se vestir como personagens de série, filmes, quadrinhos ou games, conhecida como cosplay (junção das palavras costume/fantasia e play/interpretar), está gerando uma onda de novos negócios no Brasil. São cosplayers (pessoas que se fantasiam para festas e eventos), cosmakers (profissionais responsáveis pelas caracterizações), agências de talentos, organizadores de eventos e estúdios fotográficos.

A cada ano, esse ecossistema ganha mais integrantes”, diz Renan Barreto, gerente-geral da Brasil Game Show, considerada a maior feira de games da América Latina.

“Desde 2016, a feira abriga um concurso de cosplayers. Entre 2017 e 2018, o número de inscritos passou de 400 para 500”, diz. O espaço dedicado para apresentações e sessões de fotos com os personagens, a Cosplay Zone, também cresceu: foi de 240 m2, em 2015, para 500 m2, em 2018.

Antigamente, o mercado se limitava a feiras de temática ‘geek’. Agora, somos chamados para todo tipo de evento, da moda aos artigos para a casa”, afirma Rafael Bizzi Moraes, 31, sócio-fundador da Joystick, agência de marketing especializada em cosplay.

Fundada em 2015, organiza competições e disponibiliza cosplayers para ações comerciais. São cerca de 150 nomes agenciados, que encarnam 400 personagens diferentes — no primeiro ano de operação, eram apenas dez agenciados. O negócio, que faturou R$ 500 mil no ano passado, deve fechar 2019 com R$ 1,5 milhão de receita.

Para quem se dedica a viver os super-heróis na pele, o melhor momento é quando a caracterização fica pronta, diz a cosplayer e cosmaker brasiliense Gutta Proença, 19, que usa o que aprende na faculdade de design de moda como inspiração para os trajes que desenha. Até agora, já deu forma a oito personagens, como Honoka, do desenho japonês Love Live!. Gutta, que costuma desfilar suas criações em festas e desfiles, tem um conselho para os iniciantes. “Não espere que a primeira produção seja impecável. Use as imperfeições como um aprendizado para montar a próxima fantasia, o próximo evento.”

Banco de talentos
No primeiro ano de atividade, em 2016, a Central Cosplay, de agenciamento de cosplayers, tinha três contratados. “Hoje, contamos com dez nomes regulares no casting”, afirmam os sócios Gustavo Almeida Teixeira, 28 anos, e Laís de Oliveira, 29 (de óculos escuros na foto), ambos de Brasília (DF), onde a empresa atua. Em média, cobram dos clientes entre R$ 400 e R$ 800 por evento.

Os personagens mais pedidos são heróis de filmes da Marvel Studios e da DC Comics, como Homem-Aranha, Batman e Arlequina. A maior parte dos contratos é para inaugurações de lojas e lançamentos de produtos, mas os empreendedores acabam de fechar uma parceria com um shopping local para produzir quatro apresentações temáticas, ao longo de 2019. O Dia do Orgulho Nerd, no dia 25 de maio, está na agenda.

Olhar profissional
Dono do estúdio WDM Fotografia, o paulista Willian Dobler Mendes, 35, costuma trabalhar em casamentos, festas e eventos. “Mas, desde 2016, mais de 40% dos clientes são ligados ao universo cosplay”, afirma. Somente no ano passado, foi contratado para oito eventos do setor.

Além de ir às feiras especializadas em São Paulo, realiza até três ensaios fotográficos ao mês, para registrar as novas caracterizações de cosplayers. O serviço custa a partir de R$ 200, para 20 fotos, com duração de até três horas. Este ano, ele planeja levar suas lentes para mais encontros geeks pelo Brasil, como o Sana, em Fortaleza.

Materia: Pequenas empresas & grandes negócios.

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