Uma mulher de 26 anos e o marido dela foram presos nesta sexta-feira (28), em Canelinhas, na grande Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, por suspeita de envolvimento na morte de uma gestante, de 24 anos, a tijoladas. A vítima, Flávia Godinho Mafra estava grávida de 36 semanas e era amiga de infância da mulher que é apontada como a principal suspeita do crime.
Após os golpes, o bebê teria sido retirado por ela da barriga da mãe, com o auxílio de um estilete. A autora confessa o crime, mas diz que o marido não teve participação. Os investigadores informaram que como a dinâmica dos acontecimentos levantaram suspeitas, o homem também foi preso em flagrante.
De acordo com a Polícia Civil de Santa Catarina, a gestante havia desaparecido na última quinta-feira (27) e o corpo dela foi encontrado, sem o bebê, em uma fábrica de cerâmica abandonada da cidade. Tudo teria começado com um convite da suspeita para a amiga para que elas fossem até um chá de bebê.
“Durante o trajeto, ela desviou e entrou numa cerâmica abandonada. Ali, se armou com tijolo e desferiu os golpes na cabeça da vítima, fazendo que ficasse inconsciente. Depois, de posse de um estilete, abriu o abdômen da vítima e retirou a criança de seu ventre, indo para a via pública e simulando um parto espontâneo, natural, como se estivesse estourado a bolsa dela”, explicou o delegado Paulo Freyesleben e Silva da Polícia Civil.
A suspeita foi auxiliada por populares, os quais a levaram até o hospital. Porém, profissionais de saúde desconfiaram da mulher. O bebê apresentava cortes no corpo provenientes da ação dela, que ao ser examinada não tinha indicativo algum de que havia passado por trabalho recente de parto. A criança foi levada para um hospital em Florianópolis em razão das lesões e a mulher permaneceu internada no hospital.
Em conversa com os policiais militares, a mulher confirmou o homicídio, bem como aos policiais civis no interrogatório, dizendo que havia planejado o crime há dois meses. Ela relatou ainda que o marido não tinha conhecimento da morte.
De acordo com o delegado, a dinâmica do crime levantou suspeitas e por isso ele também foi autuado em flagrante por participação. O inquérito foi concluído e o caso será encaminhado ao Judiciário.
A criança foi encaminhada para o Hospital Infantil João Gusmão, em Florianópolis, com corpos pelo corpo decido ao estilete utilizado pela suspeita. O estado de saúde dela não foi divulgado.
Mulher perdeu o bebê
Em interrogatório à Polícia Civil de Santa Catarina, a suspeita teria dito que chegou a engravidar em outubro do ano passado, mas perdeu o filho ainda em janeiro e escondeu perda de amigos e familiares. O crime teria ocorrido porque a suspeita teve a ideia de pegar o filho da amiga e dizer que era dela.
A investigação apontou, inclusive, que ela chegou a enviar mensagens de áudio para profissionais de saúde da cidade dizendo que teria dado a luz a uma criança dentro de um carro e solicitou ajuda.
A Polícia Civil informou que também vai apurar imagens de câmeras de segurança para verificar se houve a participação de outras pessoas no crime.
Veja o caso:
Grávida de 9 meses assassinada: bebê foi retirado antes de Polícia encontrar corpo
Por Bruno Menezes – Jornal O Tempo
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Fonte: otempo.com.br