Policial

Crime em escola de Uberaba foi motivado por inveja, diz promotor após conclusão da investigação

A Polícia Civil e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) concluíram, nesta terça-feira (20), que o assassinato da estudante Melissa Campos, de 14 anos, ocorrido dentro de uma escola particular em Uberaba, foi um crime premeditado e motivado por inveja. O autor, um colega da mesma idade, confessou que sentia incômodo com a alegria da vítima, sentimento que não conseguia experimentar.

Segundo o promotor Diego Aguilar, o adolescente revelou a motivação emocional logo após ser apreendido. “Ele disse que fez isso porque ela simbolizava tudo o que ele não era. A alegria dela incomodava”, relatou Aguilar.

O crime ocorreu no dia 8 de maio, dentro do Colégio Livre Aprender, no Bairro Universitário. Durante uma aula, o agressor esfaqueou a colega e fugiu com a ajuda de outro estudante, também de 14 anos, que, segundo as investigações, participou do planejamento e da tentativa de fuga.

Imagens de câmeras de segurança e depoimentos confirmaram que os dois adolescentes deixaram a sala juntos logo após o ataque, sem levantar suspeitas. O delegado Cyro Outeiro destacou a ligação entre eles: “O segundo adolescente não apenas sabia do plano, como ajudou a executá-lo. Tentou simular surpresa, mas a participação ficou evidente”.

A investigação não encontrou indícios de bullying, influência de grupos extremistas ou motivação ideológica. Os investigadores analisaram cadernos do agressor com anotações feitas durante as aulas de Filosofia. Embora contivessem reflexões e símbolos, nada apontava para vínculos com seitas ou discursos de ódio.

Um bilhete entregue à vítima momentos antes do crime chamou atenção. O texto fazia referência a uma morte por estrangulamento e foi interpretado como um aviso prévio. “Era praticamente uma sentença escrita à mão”, afirmou o promotor André Tuma.

Ambos os adolescentes seguem internados provisoriamente. A Justiça deve definir até junho se eles receberão a medida de internação, a punição máxima prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Caso condenados, poderão permanecer reclusos por até três anos.

“As medidas são socioeducativas, não têm caráter punitivo como no sistema penal adulto. Pode parecer insuficiente, mas é o que prevê a legislação brasileira”, ressaltou Aguilar.

As autoridades concluíram a coletiva afirmando que não há risco de novos ataques e que todas as linhas investigativas foram esgotadas.

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