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De uma garagem ao mundo: a improvável origem da Parmalat

Aos 22 anos, sem dinheiro, mas com uma ideia persistente na cabeça, Calisto Tanzi decidiu trilhar um caminho que poucos acreditavam ser possível. Filho de um pequeno empresário do ramo gráfico no interior da Itália, ele trabalhava com o pai, mas sentia que aquele não era o seu lugar. Foi ao notar a ausência de leite fresco e durável em sua cidade que enxergou uma oportunidade. E não demorou para que essa inquietação virasse ação.

Ignorando os risos e o ceticismo alheio, Tanzi recorreu a empréstimos, comprou uma máquina simples e começou a produzir leite embalado em casa, mais precisamente na garagem. Ele fazia tudo sozinho: empacotava, dirigia e entregava. Os primeiros anos foram exaustivos. Dormia no volante, enfrentava prejuízos e, em um acidente, perdeu uma carga inteira quando seu caminhão capotou. Naquele dia, ele chorou. Mas não parou.

A persistência começou a dar retorno quando os supermercados passaram a aceitar seus produtos. Nascia ali a Parmalat, que logo ganharia proporções gigantescas. Tanzi apostou em inovação e ampliou a linha de produtos, incluindo sucos, sobremesas e alimentos infantis. Sentia-se como um pai vendo a própria criação crescer.

Mas o sucesso também trouxe desafios. Decisões difíceis, erros estratégicos e uma crise que quase levou tudo por água abaixo. Ainda assim, Tanzi escolheu recomeçar. Caiu, mas não se deixou definir pela queda.

“Uma queda não determina seu fim. Ela pode, sim, te impulsionar como uma mola”, dizia.

Calisto Tanzi transformou uma simples ideia desacreditada em uma marca reconhecida globalmente. Sua história é um lembrete poderoso de que, muitas vezes, os grandes impérios nascem da insistência em não desistir.

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