A comunidade do congado de Patrocínio testemunha, com pesar, a ausência de uma postura adequada por parte do Poder Público local diante da trajetória de Dona Abadia, defensora incansável da Cultura Popular.
Enquanto a Secretaria Estadual de Cultura e o IPHAN-MG prestaram homenagem em nível estadual, a falta de consideração e reconhecimento para quem dedicou a vida a esse patrimônio cultural é notória.
A trajetória de Dona Abadia, que deveria ser celebrada como um exemplo de dedicação à preservação cultural, é marcada por uma lacuna de reconhecimento em sua própria comunidade.
A omissão do Poder Público local revela uma falta de apreço pelos agentes culturais locais e pela preservação das tradições que moldaram a identidade do congado de Patrocínio.
É lamentável que a homenagem estadual seja mais eloquente do que a postura local, destacando a desconexão entre as esferas de governo. Dona Abadia merecia mais do que a indiferença demonstrada em vida e, agora, em sua partida.
O legado cultural que ela deixou merece um reconhecimento digno, refletindo a importância da Cultura Popular para a identidade da comunidade.
Enquanto Patrocínio lamenta a perda de Dona Abadia, é imperativo que as autoridades locais reflitam sobre a necessidade urgente de valorizar e preservar aqueles que dedicam suas vidas à riqueza cultural da região.
Que Dona Abadia descanse em paz, esperando que seu legado inspire mudanças significativas na abordagem do Poder Público em relação à Cultura Popular local.