Quando o desespero bate a porta, parece que coisas erradas são permitidas nessa luta desenfreada pelo Jogo do Poder em Patrocínio, Minas Gerais.
De acordo com matérias publicadas na imprensa local, redes sociais e até fora do mundo, o outdoor da Deputada Federal Greyce Elias, instalado em propriedade de particular e não pública, teria sido derrubado por um indivíduo com uniforme cor laranja, aparentando ser funcionário público municipal.
Aliás, essa cor laranja parece ser algo bem apropriado para o atual cenário eleitoral patrocinense.
Polícia Militar foi acionada e de fato, parece que foi mesmo removido por um funcionário público, pois de acordo com matérias publicadas na imprensa local, a Secretaria Municipal de Obras afirmou que estava em descumprimento da Lei Municipal e que o proprietário do terreno teria sido notificado muitas vezes para a retirada.
O outdoor estava colocado bem distante das margens da BR-365 e em terreno particular e de acordo com o DNIT era o único que não estaria irregular e de acordo com a legislação vigente.
A derrubada do outdoor possui um custo e haveria necessidade de solicitar a derrubada através de um processo e autorização para invadir uma propriedade privada e simplesmente derrubar o outdoor.
Ainda não tivemos acesso a Lei mencionada pela Secretaria de Obras e até o momento não encontramos nenhuma legalidade para aplicar uma medida em terreno particular sem antes ter recebido autorização para adentrar em espaço privado e destruir qualquer coisa seja não pública.
Mesmo notificado algumas vezes, isso não dá o direito de invadir e destruir propriedade alheia sem uma autorização judicial, o poder público não pode exceder seus limites.
E olha que estamos dentro de exatos 12 meses para o dia da eleição.
Será que se fosse o outdoor de outra Deputada, o mesmo teria acontecido?
Coisas que só acontecem em Patrocínio.
Aqui o poste é quem urina no cachorro.
Quem denuncia corrupção é o perigoso e quem pratica não é.
O errado é certo e o certo é subjetivo a depender da situação.
Os valores são apenas conhecidos pelos cifrões e os valores morais de uma sociedade são praticamente inexistentes.