O preso Elias Pereira da Silva, conhecido como Elias Maluco, morreu nesta terça-feira (22) na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Ele havia sido preso em 2002, apontado como líder da facção criminosa Comando Vermelho.
Considerado pela autoridades como um dos líderes do tráfico de drogas no Complexo do Alemão quando foi preso, Elias Maluco foi condenado a 28 anos de prisão, em 2005, pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. O repórter foi morto em 2002, dentro de uma favela supostamente comandada por Elias.
Ainda na nota, o órgão afirma que a família de Elias já foi comunicada pelo Serviço Social da unidade. Ainda não há informações de como ele morreu. Segundo o Depen, “todas as assistências previstas no normativo são garantidas aos privados de liberdade que se encontram custodiados no Sistema Penitenciário Federal”.
Na semana passada, uma ação conjunta do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) e da Polícia Civil foram em endereços supostamente ligados ao Elias Maluco durante a operação que investigou crimes de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho.
Conforme as investigações do MP-RJ e polícia, Elias Maluco era dono do tráfico de todas as favelas comandadas pelo Comando Vermelho na Baixada Fluminense. Dentro da facção, ele estaria abaixo apenas do Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP — que também está preso na unidade federal Catanduvas.
As investigações apontaram ainda que somente na Baixada Fluminense, área supostamente comandada por Elias Maluco, o faturamento mensal de algumas localidades com o tráfico de drogas chega a R$ 7,2 milhões. Deste valor, cerca de 20% do lucro seria destinado às lideranças.
Em agosto do ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu conceder liberdade para Elias Maluco caso não houvesse outros mandados de prisão que pesassem contra ele. A decisão foi derrubada após dois meses, pois ele já tinha outras condenações.
Além da condenação pela morte de Tim Lopes, está disponível no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro uma condenação, em 2013, de 10 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão por lavagem de dinheiro.