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“Espetáculo mal ensaiado: denúncia de perseguição vira teatro político na Câmara de Patrocínio”

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A sessão ordinária da Câmara Municipal de Patrocínio, realizada nesta terça-feira (27), revelou mais um episódio do que se tornou comum no cenário político local: a tentativa de transformar desinformação em manchete e histrionismo em discurso institucional. Um grupo de servidores da varrição urbana, liderado pela servidora Thaís, usou o plenário para encenar um suposto caso de perseguição política — sem apresentar uma única prova concreta.

O uso do espaço, reservado pelo Regimento Interno da Casa Legislativa exclusivamente a vereadores e, eventualmente, a convidados com prévia autorização, foi abruptamente invadido com gritos, falas desconexas e frases de efeito. Afirmar que foram “censurados” por não poderem falar livremente no Grande Expediente é o mesmo que invadir um tribunal e reclamar por não poder subir à tribuna sem ser parte do processo. Não é direito cerceado — é regra sendo cumprida.

A denúncia de perseguição — palavra que carrega peso jurídico — foi lançada sem qualquer abertura formal de sindicância, processo administrativo, boletim de ocorrência ou representação em órgãos de controle, como o Ministério Público. Em resumo: nenhuma evidência, nenhum documento, nenhuma materialidade. O que se viu foi um espetáculo orquestrado com base em boatos, suposições e — ironicamente — o medo de “represálias” por um ato que, aliás, já estavam executando publicamente.

Não houve exoneração, suspensão, advertência ou sequer transferência de função. Mas, convenientemente, o grupo preferiu o microfone e o barulho das redes sociais a qualquer medida legal. O objetivo era claro: criar uma narrativa emocional, gerar constrangimento político e se passar por vítimas em um jogo que, na verdade, eles mesmos começaram.

A aparição teatral também serviu de cortina de fumaça para desviar o foco de outro tema delicado: a proposta de destinação do lixo sólido para fora do município, que poderia impactar diretamente contratos locais e, por tabela, interesses pouco transparentes. A denúncia de perseguição — ainda que frágil — ganhou mais visibilidade do que a discussão técnica e necessária sobre o consórcio intermunicipal, o que levanta uma questão essencial: quem ganha com o tumulto?

É inaceitável que servidores públicos, pagos com recursos da população, sejam utilizados como peças de manobra em disputas políticas. A politização do serviço público é um câncer institucional, e episódios como este mostram que há quem não hesite em explorar a boa-fé de trabalhadores para encenar narrativas fabricadas.

A liberdade de expressão é um direito constitucional. Mas ela não autoriza ninguém a violar normas regimentais, tumultuar sessões legislativas ou usar o cargo público como escudo para ações irresponsáveis. O que vimos na Câmara foi um triste retrato de como a desinformação e o sensacionalismo vêm sendo utilizados como ferramentas para encobrir intenções que nada têm de democráticas.

Mais do que um erro de estratégia, foi um erro de caráter. Uma tentativa torpe de manipular a opinião pública, desrespeitar o Legislativo e, principalmente, banalizar o que é, de fato, uma denúncia séria: perseguição funcional, quando verdadeira, exige provas, coragem formal e seriedade — tudo que essa apresentação pública não teve.

A Câmara Municipal, por sua vez, reafirmou sua disposição para o diálogo, mas dentro da legalidade. Nenhuma instituição séria pode se curvar ao grito sem conteúdo ou à retórica vazia de quem, no fundo, queria mais palco que justiça.

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Matheus

Está certo o governo nunca vi um varredor na rua da minha casa olha que sempre sair de madrugada todos serviços tem que cumprir horário e todos outros servidores por só os varredores que não ? For assim se for só tulmutuar quando mandar cumprir horário e fácil não estão escravizando NGM todas sabia as horas semanais a serem cumpridas quando entraram as ruas estão toda sujas