Uma sindicância foi aberta pelo Conjunto Hospitalar do Mandaqui, na zona norte de São Paulo, após uma família ter sido informada sobre a morte de uma paciente que, na verdade, estava viva. Uma enfermeira responsável pela informação equivocada foi suspensa, informou o hospital na tarde desta quarta-feira (5).
O hospital pediu desculpas à família pelo ocorrido e disse que a funcionária ficará afastada até que os fatos sejam apurados e decididas as providências a serem tomadas.
A paciente, de 82 anos, estava internada desde 29 de julho com diagnóstico de AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infecção do trato urinário. O filho dela contou que após realizar uma tomografia, a equipe médica constatou que o AVC foi leve e que a idosa permaneceu no corredor do hospital.
Mais tarde, o hospital avisou a família por telefone que o quadro clínico da paciente havia piorado e ela tinha sido encaminhada a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). No dia seguinte, data do aniversário dela, a equipe médica informou que a paciente teve morte cerebral.
A família solicitou os exames e prontuário da idosa, pois planejavam transferi-la para outra unidade de saúde. Todavia, a equipe médica se negou a entregar os documentos.
Na manhã desta quarta-feira, o hospital pediu que a família comparecesse à unidade para constatar o óbito da paciente. Entretanto, chegando a UTI, a paciente estava viva e em coma induzido.
De acordo com a família, a Polícia Militar foi acionada e um médico, conduzido à delegacia. A família tentou registrar um boletim de ocorrência no 20° Distrito Policial da Água Rasa, que se recusou a registrá-lo. A Polícia Civil esclareceu que a autoridade policial entendeu que não havia responsabilidades criminais para apurar no caso citado e que o delegado titular da unidade está à disposição para conversar com a família.
Por Letícia Dauer, da Agência Record
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