O que um governo pode fazer quando está prestes a deixar o cargo e enfrenta uma derrota eleitoral acachapante?
Aparentemente, investir em uma generosidade de última hora – com o dinheiro dos outros, claro.
O Executivo, que ao longo dos anos resistiu com unhas e dentes a qualquer proposta de aumento para os servidores, resolveu agora, a semanas do fim do mandato, dobrar o cartão-alimentação de R$ 400 para R$ 850 e sugerir um aumento salarial de 10%.
Para os mais otimistas, isso pode até soar como um gesto de consideração com os servidores.
Mas, para quem olha mais de perto, parece mais um “presente” cheio de segundas intenções.
Afinal, as contas do município já não fecham, e a próxima gestão terá que se virar para honrar esses compromissos sem explodir o orçamento.
É quase irônico: depois de oito anos de “não”, o governo descobre o espírito natalino um pouco antes de ir embora e deixa esse “pacote de bondades” para o próximo a administrar.
Alguém poderia chamar isso de vingança eleitoral disfarçada de bondade?
A questão que fica é – será que o Executivo realmente se importa com o bem-estar dos servidores, ou está apenas deixando uma herança que mais parece uma bomba-relógio?
Para quem vem aí, o “presente” deixado é um orçamento comprometido e decisões difíceis pela frente.
A próxima gestão vai sentir no bolso o preço dessa generosidade súbita.
Poder Executivo tem avaliação péssima no índice de transparência com apenas 46,66%, o que comprova uma gestão questionável.
Funcionária Antenada
Ué, não entendi foi nada! A nova administração, quando em campanha, não prometeu 10% de aumento e vale de mil reais? Deiró só está ajudando o prefeito eleito a cumprir a promessa… Ou durante a campanha vale prometer qualquer coisa pra ganhar, mas depois é só falar que a coisa não é bem assim, que o buraco é mais embaixo, e deixar todo mundo com cara de bobo? Sei não hein! Se já está com essa conversinha antes de começar, sabe-se lá o que mais vem por aí!