Investimento milionário em terras-raras impulsiona economia no Alto Paranaíba e Sul de Minas

Minas Gerais se consolida como um dos principais polos da mineração de terras-raras no Brasil. Dois grandes projetos de exploração mineral, localizados em Poços de Caldas e Tiros, receberam investimentos que somam cerca de US$ 287 milhões (R$ 1,4 bilhão), visando impulsionar a economia regional e atender à crescente demanda global por esses elementos estratégicos.

Em Poços de Caldas, a mineradora australiana Viridis Mining anunciou um robusto investimento no Projeto Colossus, que terá capacidade para processar até 5 milhões de toneladas de minério por ano. A expectativa é que a operação produza 25 mil toneladas anuais de um mix de carbonato de terras-raras, insumo essencial para a fabricação de turbinas eólicas, baterias de veículos elétricos e equipamentos eletrônicos avançados. O projeto ainda inclui a construção de minerodutos para otimizar o transporte do material extraído.

Já na cidade de Tiros, no Alto Paranaíba, a empresa Tiros Minerais Estratégicos, subsidiária da canadense Resouro Strategic Metals, destinará até R$ 500 milhões para a extração de terras-raras e titânio. O empreendimento, previsto para entrar em operação em 2026, deve gerar aproximadamente 200 empregos diretos. Estudos indicam que a região abriga uma reserva mineral de 1 bilhão de toneladas, com alto teor de óxido de titânio e elementos raros magnéticos.

As cidades próximas, como Patrocínio, Araxá e Patos de Minas, podem se beneficiar indiretamente com o crescimento do setor mineral, seja por