O público total da partida foi de 176 torcedores — Foto: Alair Constantino/Dono do Apito
O Patrocinense vive um dos capítulos mais vexatórios de sua história recente.
Na última partida pela Série D do Campeonato Brasileiro contra o Maringá, apenas 14 ingressos foram vendidos e o público totalizou míseras 176 pessoas no Estádio Pedro Alves.
Esses números revelam um abismo entre o clube e seus torcedores, além de expor uma gestão desastrosa e uma falta de estratégia clara para revitalizar o futebol local.
De acordo com o Boletim Financeiro divulgado pela CBF, o clube arrecadou irrisórios R$ 210, enfrentando um prejuízo de R$ 25.392,43.
É inadmissível que uma equipe, mesmo em divisões inferiores, apresente um planejamento tão precário.
A disponibilização de 800 ingressos e a venda de apenas 14 demonstram um completo descompasso entre a oferta e a demanda, além de uma falha evidente em engajar a comunidade local.
A situação crítica do Patrocinense não é surpresa para quem acompanha o clube.
Rebaixado no Campeonato Mineiro após uma série de decisões desastrosas, incluindo a desistência da competição, o time já demonstrava sinais de colapso.
Com uma campanha pífia, marcada por duas vitórias, dois empates e quatro derrotas, a equipe foi relegada à Repescagem, onde uma derrota para o Democrata-GV e o cancelamento de um jogo por inadimplência confirmaram o rebaixamento.
Inexplicavelmente, mesmo diante desse cenário caótico, o clube apostou em contratações de impacto, trazendo nomes de peso como o atacante Thiago Ribeiro e o técnico Estevam Soares.
A iniciativa, que parecia promissora, agora soa como um desespero e uma tentativa de maquiar a verdadeira situação.
Os resultados falam por si: um empate e três derrotas em quatro jogos na Série D, posicionando o Patrocinense na lanterna do Grupo A7.
A parceria com uma agência esportiva, que assumiu o futebol do clube após o fracasso no Estadual, não conseguiu reverter a maré negativa.
É evidente que uma gestão profissional não se faz apenas com contratos reluzentes, mas com planejamento estratégico, engajamento da torcida e sustentabilidade financeira.
A atual administração do Patrocinense parece ignorar esses princípios básicos, conduzindo o clube a um abismo cada vez mais profundo.
O distanciamento da torcida é um reflexo direto dessa incompetência.
A ausência de um público significativo no estádio revela a perda de credibilidade e a desconexão emocional entre o clube e seus apoiadores.
A torcida, cansada de promessas vazias e gestões irresponsáveis, deu seu veredicto ao boicotar os jogos.
Para evitar a extinção, o Patrocinense precisa de uma reformulação urgente e radical.
A gestão atual deve assumir a responsabilidade pelos erros e buscar alternativas que realmente resgatem a confiança dos torcedores.
Sem uma mudança drástica na administração, o clube está fadado ao esquecimento, sufocado pelas próprias falhas.
A crise do Patrocinense é um exemplo gritante do que ocorre quando a falta de planejamento e a má gestão prevalecem.
Se a diretoria não tomar medidas imediatas e eficazes, o futuro do clube será marcado por mais decepções e fracassos.
A torcida, outrora apaixonada, não pode continuar sendo desrespeitada por uma administração que claramente não está à altura do desafio.
É hora de agir com seriedade e compromisso ou assistir ao trágico declínio de um clube que já foi motivo de orgulho para sua cidade.
Dos 176 presentes, apenas 14 pagaram ingresso, o restante foram cortesias para políticos?