Vote primeiro na nossa enquete.
A Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe) convocou uma greve nesta terça-feira em resposta ao afastamento da juíza Gabriela Hardt e de outros membros do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
A decisão, tomada pelo ministro Luís Felipe Salomão, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem provocado intensos protestos e debates sobre as garantias da magistratura.
Em um comunicado oficial, a Apajufe denunciou que a medida viola o exercício livre da profissão e representa uma fragilização das garantias da magistratura.
Os juízes e desembargadores afetados pela decisão afirmam que nunca foram alvo de investigações ou sanções administrativas e que estavam desempenhando suas funções normalmente até a intervenção do CNJ.
O afastamento foi motivado por irregularidades na gestão das multas dos acordos de delação e leniência da Operação Lava Jato.
Em particular, a juíza Gabriela Hardt foi acusada de trocar mensagens com procuradores da força-tarefa sobre a destinação de recursos da Petrobras para uma fundação privada, o que gerou críticas e intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF) para redirecionar o dinheiro para investimentos em educação e meio ambiente.
Além disso, o corregedor do CNJ apontou que outros membros do TRF4 e um juiz federal descumpriram decisões do STF, o que levou à abertura de procedimentos disciplinares.
A decisão do CNJ desencadeou uma reação imediata da comunidade jurídica, com os juízes federais optando pela greve como forma de protesto contra o que consideram uma interferência indevida em suas atividades.
O embate entre poderes e a defesa das prerrogativas da magistratura prometem manter-se como temas centrais de discussão nos próximos dias.
📷 Reprodução