O governo de Minas Gerais vai pautar hoje (7), o rumo que dará à onda roxa do programa Minas Consciente. Reunião na Secretaria de Estado de Saúde definirá se as medidas restritivas continuarão até o próximo domingo, data limite para que seja avaliado um novo panorama diante da ocupação dos leitos das UTIs nas macrorregiões de saúde, no pior momento de avanço do coronavírus.
A suspensão do toque de recolher das 20h às 5h valerá até hoje, quando nova decisão deve ser emitida pelo governo de Minas. Na justificativa do que foi decidido sobre o toque de recolher, Gilson Soares Lemes, presidente do TJMG, afirmou que a onda roxa “tirou o direito de ir em vir” do cidadão e por isso foi preciso suspendê-la.
Justiça mineira também havia liberado outra vez as reuniões familiares, desbancando a recomendação do secretário de estado de saúde, Fábio Baccharetti, feita na semana passada, para que a população não se aglomerasse durante o feriado da semana santa.
Baccharetti havia reafirmado que o estado vive seu pior momento na pandemia, com o registro de mais de 25 mil mortes e de mais 1,1 milhão de casos de contaminação pelo Covid-19 desde março de 2020. Na última sexta-feira, o estado bateu o recorde de óbitos em 24 horas, com 486 vidas perdidas para a doença.
Hoje, 94,24% dos 2.950 leitos dedicados a pacientes com COVID-19 estão ocupados em todo o estado. As regiões Leste do Sul (100%) e Leste (97,30%); Centro (97,8%) e Centro Sul (98,17%) são as que mais precisam de atenção.
O futuro da onda roxa dependerá da análise geral da ocupação de leitos de UTI. Apenas 27 municípios que compõem o Triângulo Norte e outros 11 da região de Patos de Minas avançaram para a onda vermelha do protocolo do estado que libera gradualmente o funcionamento das atividades econômicas. A mudança veio após ocorrer um respiro na demanda por internações.
Desde então, municípios como Uberlândia,Ituiutaba, Patrocínio, Monte Carmelo, Coromandel, Patos de Minas. Guimarânia, Lagamar, Lagoa Formosa e Presidente Olegário foram liberados para flexibilizar os serviços, mesmo que o protocolo isente apenas o funcionamento das atividades essenciais. As cidades em questão suspenderam desde o dia 31 o confinamento obrigatório.