quarta-feira, 23 outubro
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InícioMinha visão sobre o documentário “1964 – Brasil entre armas e livros”

Minha visão sobre o documentário “1964 – Brasil entre armas e livros”

De acordo com o filme, o golpe aconteceu para impedir um processo de tomada de poder pela esquerda, motivada, armada e treinada pelas forças do comunismo internacional. Essa é a tese que enlouquece os autores da velha narrativa de que os militares tomaram o poder simplesmente porque odeiam a democracia e queriam mandar na gente. O filme defende que os militares reagiram, acionados e apoiados pela sociedade, pela imprensa, pela igreja, pelos empresários, pelo povo. Não foi uma decisão tomada dentro de um quartel por meia dúzia de generais maus, mas um processo deflagrado a partir de uma atitude civil, quando o Congresso declarou vago o cargo de Presidente da República. E o filme deixa claro que essa atitude foi inconstitucional, pois o Presidente Jango ainda se encontrava dentro do Brasil. Mas não foi atitude dos militares.

No fim das contas, quem é que conta a verdade sobre o período de regime militar – a  esquerda ou a direita? Aceita o desafio de deixar nos comentários e responder a essa pergunta?

Uma reflexão interessante

Brasileiros, de até 40 anos de idade sempre foram educados numa realidade totalmente esquerdista, doutrinados profundamente – uns mais, outros menos, mas, todos doutrinados por essa ideologia que até hoje permanece com força, seja na esquerda ou na falsa direita.

Mas, na realidade histórica, com pauta na verdade, é simplesmente fazer aquilo parecer fazer mais sentido para cada um. Então, o importante é conhecer todas as versões, todos os lados e ter a liberdade de escolher.


O filme tem um ritmo muito lento, as vezes dava sono, os depoimentos dos historiadores estrangeiros são bem chatos, mas, quando cheguei na parte que trata do AI5 até a redemocratização, melhorou bastante, cheguei na parte que acho a melhor de todas do documentário.

A parte mais importante do documentário, onde entra o debate ideológico, quando se admite que no Brasil teve de fato uma ditadura militar, pois, isso encerra de uma vez o discurso de que não ”houve ditadura” e falam também dos erros dos governos da ala militar – estatistas, keynesianos, positivistas e desenvolvimentistas, onde admitem que eles perderam o apoio da classe média por causa da alta inflação e as consequências provocadas na péssima gestão da economia por eles.

Mostram que a ameaça comunista no Brasil era real. Bem contextualizado na questão da Guerra Fria, tinha real necessidade de uma intervenção militar para conter o avanço do comunismo e era defendida pela população, mas, ao mesmo tempo também mostra os erros que eram cometidos pelos regime militar naquele período.

O AI5, retirava os poderes do Congresso, confisca os bens e suspendia muitas outras garantias constitucionais, sendo retratado como um momento que se concretizava o modelo de ditadura.

A parte final é sem dúvidas a mais intrigante, pois, foca na devolução do poder aos civis e deixa claro que o pesamento liberal e conservador passava por um período de grave crise frente à opinião pública, que foi fruto das trapalhadas do regime militar e que resultou nos famosos 50 tons de esquerdismo retratados em todos os partidos políticos formados na consequente Constituição Socialista de 1988.

 

 

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