O Brasil reage
No Brasil, o banco UBS, em relatório, disse que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), da próxima quarta-feira, 18 de março, poderia ser adiantada para hoje. A instituição financeira também afirma que o Banco Central deveria lançar um programa de intervenção no câmbio.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem a noção do tamanho do problema que o espera no campo econômico e confidenciou ao blog do jornalista Waldo Cruz, da GloboNews, uma série de medidas que devem ser anunciadas nesta semana.
Entre elas, estão facilitar o acesso ao de 13º salário de aposentados e pensionistas. A primeira parcela seria paga em abril, em vez de agosto, liberando R$ 24 bilhões na economia. A parcela de dezembro também poderia ser adiantada para injetar mais dinheiro na economia.
“Se a situação piorar neste público, podemos antecipar o restante em maio, para que eles tenham recursos para pagar despesas extras”, afirmou Paulo Guedes.
No setor de turismo, o governo prepara também um amplo pacote de resgate para socorrer as companhias aéreas, as agências de viagens, hotéis, restaurantes e empresas de eventos.
A lista de medidas contempla autorização do Banco do Brasil para que as aéreas fiquem até quatro meses sem pagar juros e a abertura de linhas de empréstimos de capital de giro para as companhias aéreas e também para as empresas pequenas e médias no BNDES a juros mais baixos.
Para isso, o dinheiro que o BNDES devolveria ao Tesouro Nacional, algo ao redor de R$ 100 bilhões, será reduzido a R$ 80 bilhões.
Outro setor que vinha ganhando tração e que o governo não quer deixar desacelerar é o da construção civil. Para evitar a estagnação, a ideia do governo é usar a Caixa Econômica Federal para injetar R$ 75 bilhões em financiamentos.
Por último, Guedes estuda liberar parte do FGTS para que as pessoas possam sacar e, assim, irrigar a economia. “Se for necessário, será adotado e será muito importante para a economia”, afirmou. Não há prazo para que essa decisão seja tomada”, disse Guedes.
Cada decisão tem sido baseada em estudos preparados por um grupo de monitoramento do ministério, criado para verificar os impactos do coronavírus na economia real. A cada 48 horas, Guedes recebe informações sobre os mais variados setores.
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