A partir de sábado (24/4), 13 das 14 macrorregiões de Saúde do Estado estarão na onda vermelha do plano Minas Consciente. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (22/4) durante reunião do Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar a situação da pandemia no estado.
O grupo decidiu pelo avanço para a onda vermelha das macrorregiões Centro, Centro-Sul, Leste, Leste do Sul, Oeste e Vale do Aço. Assim, permanecerá por mais uma semana na onda roxa – com funcionamento apenas dos serviços essenciais – somente a macrorregião Nordeste, que está com 99% de ocupação da UTI exclusivo covid. Desde sábado (17/4), sete das 14 macrorregiões do Estado já haviam progredido para a onda vermelha.
Do ponto de vista das microrregiões, nove das 89 continuam na onda roxa. Além das quatro micro que compõem a região Nordeste, metade da região Centro segue com medidas mais rígidas. São elas: Guanhães, Itabira, João Monlevade, Ouro Preto e Sete Lagoas. Outras micro poderão avançar para a faixa amarela. São elas: Manga/Januária, Araçuaí, Diamantina, Serro, Patrocínio/Monte Carmelo, São Sebastião do Paraíso.
Avaliação
O governador Romeu Zema pontuou a necessidade de a população manter os cuidados para evitar a propagação do vírus. “Temos que analisar os resultados técnicos. Entendemos que podemos avançar para a onda vermelha em quase todo o estado, mas é fundamental compreender que a pandemia continua, que todos os cuidados como uso de máscara e higienização das mãos- são necessários, e que só a vacinação é a solução definitiva”, destacou.
Segundo o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, a decisão de manter metade da macrorregião Centro na onda roxa é necessária até que a pressão no sistema de Saúde de Belo Horizonte reduza ainda mais, uma vez que a capital recebe pacientes de outras cidades. “Enquanto a micro de BH não conseguir fazer a absorção dos pacientes, não é possível avançar toda a macrorregião para a onda vermelha”, explicou.
Números
Ainda de acordo com o secretário, os índices da pandemia registrados nesta semana indicam uma melhora no cenário.
Houve aumento de 4,1% nos casos e 8,2% nas mortes, percentuais inferiores à semana passada. Além disso, a positividade da doença também apresentou queda, chegando a 37%. A incidência da doença também está reduzindo.
Outro ponto levantado por Baccheretti é em relação à menor fila de pacientes aguardando atendimento. “A redução constante de pacientes aguardando leitos é um fator confiável. Hoje são 211 aguardando UTI no estado, ou seja, há uma clara redução na pressão por leitos”, afirmou o secretário, lembrando ainda que uma quantidade menor de doentes esperando atendimento permite que o Estado volte a movimentar os pacientes por regiões de acordo com a existência de vagas.
Kit intubação
Está prevista a chegada de mais medicamentos do kit intubação nesta semana e também na próxima. Com isso, será possível dar maior tranquilidade aos hospitais para o atendimento dos pacientes que necessitam de sedação.
A expectativa da Secretaria de Estado de Saúde é que, já nos próximos dias, as unidades hospitalares tenham estoque de 5 a 7 dias de medicamentos. “A queda de internação facilita e há empresas voltando a fornecer diretamente aos hospitais. Poderemos reduzir a pressão por insumos já nos próximos dias”, completou Baccheretti.
Volta às aulas
O Comitê Extraordinário Covid-19 também discutiu a volta às aulas no Estado. A deputada estadual Laura Serrano participou da reunião e apresentou estudo sobre os benefícios da abertura das escolas. Ela defendeu que o mesmo ocorra o mais breve possível pensando no benefício dos estudantes a longo prazo, desde que seguidas as normas sanitárias.
Nos próximos dias, o advogado-geral do Estado, Sérgio Pessoa, se reúne com representantes do Tribunal de Justiça de Minas (TJMG) para discutir a autorização para a retomada das aulas de forma gradual e por sistema híbrido de ensino.
O Governo de Minas já apresentou protocolo das secretarias de Educação e Saúde com regras para o retorno do ensino presencial.
Agência Minas