quinta-feira, 21 novembro
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Patrocínio e o Silêncio da Liberdade de Expressão: Uma Reflexão Sobre o Medo e a Democracia

Reflexões sobre Democracia, Repressão e Política na Sociedade Brasileira e o Medo que Domina Patrocínio

A recente pesquisa conduzida pelo Instituto Paraná Pesquisas sobre a liberdade de expressão no Brasil trouxe à tona uma realidade preocupante: mais de 60% da população teme represálias por expressar suas opiniões e foi pauta na revista Oeste.

Reprodução

No município de Patrocínio, esse cenário pode ser ainda mais acentuado, onde a simples expressão de pensamentos é vista como um ato revolucionário.

O levantamento a nível nacional revelou que 61% dos entrevistados temem ser punidos por expressarem suas ideias, enquanto apenas 32,4% acreditam na possibilidade de fazê-lo sem consequências. Uma parcela significativa, 6,6%, não soube ou optou por não opinar, talvez por medo.

A atmosfera de medo e repressão em Patrocínio vai além da simples expressão de pensamentos. Falar a verdade é quase considerado um crime, gerando dúvidas sobre os limites da liberdade de expressão na cidade.

Este contexto coloca em cheque os pilares da democracia, onde o medo e a democracia parecem ser antagônicos.

No Brasil contemporâneo, a definição do que é verdade ou mentira muitas vezes é determinada pelos políticos, e a liberdade de expressão se torna uma questão relativa, dependente de quem a expressa.

Além disso, a aprovação da Lei de Abuso de Autoridade “limita” o poder do judiciário, tornando ainda mais desafiador o enfrentamento à corrupção e aos abusos de poder.

Os dados revelados pela pesquisa também sugerem que uma parte significativa da população, 39%, talvez por medo, prefira mentir ou se calar, alimentando assim o ciclo de impunidade e perpetuando o domínio dos políticos sobre a sociedade.

O silêncio covarde e os conchavos políticos parecem oferecer um conforto ilusório em meio ao caos.

No entanto, é preciso reconhecer que a verdadeira responsabilidade recai sobre o povo, que muitas vezes se omite, se submete e aceita migalhas em troca da ilusão de segurança.

Em tempos onde a esperança é escassa e a desilusão é predominante, urge a necessidade de uma reflexão profunda sobre o papel de cada cidadão na construção de uma sociedade mais justa e democrática.

O silêncio não pode mais ser uma opção.

Quando a imprensa não se vende, ela passa a ser perseguida.

 

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