Foto: Ascom CMP/HA
A celebração anual da Fenacafé, que deveria ser um momento de alegria e confraternização, tem sido ofuscada pelos preços exorbitantes praticados dentro do evento.
Para os trabalhadores, especialmente os de renda mais modesta, que lutam para sustentar suas famílias com cerca de R$ 1.500,00 por mês, os valores cobrados são simplesmente impraticáveis.
Um exemplo gritante é o custo das bebidas: enquanto uma garrafa de água que normalmente é vendida por entre R$ 0,79 e R$ 1,49 no mercado local está sendo comercializada por absurdos R$ 6,00 no recinto da festa.
Da mesma forma, um suco que custa em média R$ 2,49 tem seu preço inflado para R$ 10,00, e até mesmo a cerveja mais acessível, que normalmente sai por R$ 2,99, está sendo vendida por R$ 8,00, com outra marca chegando a ser comercializada por R$ 12,00.
Os alimentos não escapam dessa escalada de preços abusivos.
Um simples pastelão, recheado com ingredientes econômicos como farofa, milho e tomate, chega a custar exorbitantes R$ 12,00, conforme a tabela de preços abaixo da barraca do Hospital do Amor:
Até mesmo a diversão para as crianças, inicialmente cobrada entre R$ 10,00 e R$ 15,00 por volta nos brinquedos, foi alvo de críticas e teve seu valor reduzido para R$ 10,00, após pressão popular.
No entanto, isso não ameniza o impacto do estacionamento, cujo valor também é considerado abusivo pelos frequentadores.
Enquanto alguns lucram com a fachada de uma festa “0800” de portões abertos, a realidade é que os trabalhadores são deixados suando para pagar por um evento que deveria ser acessível a todos.
A política do circo, que deveria proporcionar entretenimento e distração para garantir votos, parece cada vez mais evidente, mas o preço do pão na Fenacafé está se tornando insustentável.
Assim, é difícil afirmar que se trata de uma verdadeira festa do Pão e Circo, quando o que se vê são muitos palhaços lutando para arcar com os altos custos do evento.