A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vem intensificando o combate à ocupação irregular de postes por cabos de telecomunicação em todo o estado. Somente no primeiro trimestre de 2025, foram retiradas 3,6 toneladas de fios clandestinos em mais de 28 cidades mineiras, após vistorias em cerca de 12 mil postes.
Em Patrocínio, o PROCON municipal entrou em ação e solicitou formalmente à Cemig que as mesmas medidas adotadas em outros municípios sejam implantadas na cidade. O órgão de defesa do consumidor argumenta que a fiação desorganizada nos postes compromete a segurança da população, contribui para a poluição visual e dificulta a fiscalização das empresas que utilizam a estrutura sem autorização.
Cemig / Divulgação
A gerente de Eficiência Energética e Receitas Acessórias da Cemig, Amanda Mascarenhas, explica que a companhia está notificando operadoras irregulares e atuando em parceria com os municípios para conscientizar sobre os riscos da ocupação clandestina. “Já notificamos quase 13 mil empresas para regularização neste ano — número que supera todo o ano de 2024”, afirma.
As regras para compartilhamento de postes são determinadas por resoluções conjuntas da Aneel e Anatel. O descumprimento pode levar à remoção da fiação sem aviso prévio. A Cemig destaca ainda que 60% da receita com o uso da infraestrutura é destinada à redução das tarifas de energia.
A companhia também concluiu recentemente um censo que identificou mais de 900 operadoras irregulares em sua área de concessão. A fiscalização alcançou 2,3 milhões de postes em 774 municípios, revelando um cenário preocupante de desordem e risco à integridade das redes.
