Após tudo funcionando, desrespeito as normas da vigilância sanitária, período eleitoral com comitês lotados, um dos temas mais controversos que podemos ver é se as escolas devem ou não voltar às aulas presenciais.
Em Patrocínio, às aulas estão previstas para retornar presencialmente no dia 03 de fevereiro de 2021, um desafio para o novo Secretário de Educação Rodrigo de Oliveira.
Patrocínio não está no Plano Minas Consciente e o boletim epidemiológico, o município se encontra apto a voltar ás aulas e já deveria ter voltado faz tempo.
Um dos motivos principais é que não existem pesquisas consolidadas sobre os riscos reais da convivência escolar para pais, alunos e professores.
O que se tem certeza é que essa paralisação das atividades escolares é extremamente danosa para as crianças, principalmente durante o processo de alfabetização, que se inicia a partir dos 5 anos de idade, fase que é considerada pelos especialistas em alfabetização como a ”fase de ouro” do desenvolvimento do cérebro da criança e que não volta mais.
Será que os riscos assumidos ao retornar às aulas são maiores que as perdas de aprendizagem? O bom senso não existe, pelo menos aqui na cidade de Patrocínio, não se usam máscaras, aglomerações por todos os lados, festas lotadas, campanhas eleitorais com aglomerações inimagináveis e mesmo assim os casos só diminuem.
Um artigo que foi publicado em agosto passado pela revista Pediatrics, da Academia Americana de Pediatria, os médicos especialistas concluíram que:
- As crianças não são transmissoras significativas da covid-19
- É possível reduzir drasticamente, com os cuidados, a possibilidade de contágio no meio escolar
- Patrocínio está com casos não significativos já faz um bom período, além disso, a estrutura para tratar a Covid-19 já existe e possui os leitos de UTI e enfermaria quase sempre abaixo dos 50% (levando em conta todas as enfermidades).
- As crianças são menos propensas a contrair a Covid-19 e o risco de transmissão do vírus para a comunidade geral através delas é muito menor.
A pesquisa da Academia Americana de Pediatria apontou que alunos entre 6 e 11 anos são menos contagiosos do que os adultos, maioria das crianças não adquirem o vírus e são menos transmissores.
Embora o SARS-CoV-2 possa causar doença leve em crianças, os dados disponíveis até o momento sugerem que as crianças não desempenham um papel importante na transmissão dentro de casa.
O fechamento de escolas não teve nenhum desempenho de efeito positivo mensurável em relação ao número de casos de Covid-19 entre as crianças.
Não retomar às aulas é um dano irreparável para o desenvolvimento o cérebro da criança.