Foto: Reprodução Prefeitura de Patrocínio
O Ministério Público de Minas Gerais deveria abrir uma investigação sobre o suposto superfaturamento nas obras da Av. do Catiguá, em Patrocínio.
A obra, que começou no ano passado e deveria ter sido concluída em 120 dias, permanece inacabada, causando grandes transtornos aos moradores, que enfrentam congestionamentos diários.
A situação é agravada pelo fato de que o governo, ao invés de finalizar o trecho mais crítico próximo ao Catiguá, deixou essa parte por último.
O asfalto colocado na avenida tem menos de 5 centímetros de espessura, muito abaixo dos 6 a 12 centímetros especificados na padronização.
As suspeitas sugerem que o governo está utilizando a obra inacabada como propaganda, enquanto desvia recursos públicos.
Em vez de uma empresa terceirizada, a mão de obra e o maquinário da própria prefeitura foram usados, levantando ainda mais suspeitas de irregularidades.
Além disso, engenheiros civis e funcionários da prefeitura admitiram publicamente que os R$ 36 milhões destinados à obra cobrem apenas o asfalto e os canos.
O valor total da obra, R$ 35 milhões, é exorbitante quando comparado a outras cidades, onde o custo médio por quilômetro pavimentado é significativamente menor, vide a Fátima Porto em Patos de Minas, valor ficará cerca de 50% menor que em Patrocínio.
A pavimentação da Av. do Catiguá, que virou bandeira eleitoral de Mamazão, é suspeita de repletas irregularidades, desde a desatualização dos valores dos serviços até a pavimentação com espessura e materiais inferiores aos contratados.
Deveria haver uma investigação para apurar o superfaturamento e outras possíveis fraudes, buscando responsabilizar os envolvidos e trazer justiça para a população de Patrocínio.
O caso serve como um lembrete gritante da necessidade de transparência e responsabilidade no uso dos recursos públicos.