Policiais civis, agentes penitenciários e agentes socioeducativos protestaram nesta quinta–feira (6) contra a reforma da Previdência que tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O ato começou em frente à ALMG, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte e foi até a Praça 7, no Centro da capital mineira.
Os servidores querem regras previdenciárias iguais às dos policiais militares, que se enquadraram na reforma da previdência federal e não serão afetados com o texto do governo estadual, como explica o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindipol-MG), José Maria de Paula.
“A mesma coisa que fizeram com a PM nós queremos também. O governo aqui está acabando com todas as forças de segurança, tirando vantagens. Nosso trabalho é um trabalho de risco, a gente trabalha dia e noite, atendendo a sociedade, tem policial correndo risco, o mesmo trabalho que a PM faz, nós fazemos também. A mesma bala que mata um policial militar, mata um policial civil. Nosso trabalho é um trabalho de risco, 24 horas.”
Conforme a proposta do governo, os policiais civis, agentes penitenciários e socioeducativos, entre outras categorias, só poderão se aposentar a partir dos 55 anos. Já os militares e bombeiros terão o mesmo tratamento dado aos integrantes das Forças Armadas, cujos benefícios previdenciários não foram alterados.
Outras revindicações são: que algumas vantagens não sejam retiradas, como férias premium e que o valor das alíquotas não aumentem e não sejam progressivos (atualmente eles pagam cerca de 10%, dependendo do salário, e com a nova proposta poderão pagar até 19%).
Conforme o Sindipol-MG, um documento foi entregue nesta quinta para o deputado Cássio Soares (PSD), relator do projeto na ALMG, e, caso nenhuma medida seja tomada e nova possibilidades de diálogos não sejam abertas, uma paralisação geral está prevista para o dia 13 de agosto.
Conteúdo Itatiaia Por Chiara Ribeiro