Minas Gerais está na semana considerada pelas autoridades de súde como a de pico da pandemia de coronavírus e, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), com taxa de infecção da população em 0,39%. Estudos sinalizam que em muitos países e até mesmo outros Estados, quando essa taxa chegou ao patamar de 0,7%, notou-se uma diminuição dos casos de coronavírus. Sobre Minas ainda não ter atingido esse número, o secretário de saúde Carlos Eduardo Amaral explicou que pode ser que o Estado sequer alcance tais índices.
“Nossa epidemia está mais horizontalizada, não tivemos um aumento grande de casos em período pequeno, o que foi importante para montar da rede de saúde. Já passamos de 3400 leitos, com uma ocupação geral de 69%, ou seja, temos leitos vagos ainda. Podemos ter em algum local ocupação próxima a 100%, mas atualmente a ocupação mais alta por macrorregião é de 83%. Do ponto de vista de ocupação de leitos, não temos tendência explosiva de ocupação. Estamos vendo a semana inteira e mantendo essa ocupação”, disse Carlos Eduardo Amaral, durante coletiva nesta sexta-feira (17).
O secretário já havia comentado na semana sobre a possibilidade de a população de Minas adquirir imunidade de rebanho – quando de 60% a 70% das pessoas já tiveram Covid-19. Ele disse que, conforme estudos em países como Itália e Espanha, que vivenciaram a pandemia antes do Brasil, a pandemia começou a cair quando entre de 5% e 15% da população em contato com o coronavírus não manifestou a doença. No Brasil, disse Amaral, esse índice ficou em torno de 0,7%.
Lockdown pode não acontecer
Sobre a possibilidade de lockdown em cidades de Minas com maior contágio por coronavírus, durante o pico da pandemia, o chefe de gabinete da saúde João Pinho disse que “Graças a Deus não precisamos tomar mão dessa ferramenta”. Segundo ele, o sistema de saúde foi estruturado para garantir atendimento a todos os pacientes com coronavírus.
“Dados de hoje (sexta), com base na incidência de leitos, não nos colocam com necessidade de lockdown. Se continuarmos abrindo leitos, com a ocupação sem exaustão do sistema de saúde, e a sociedade manter o isolamento, a gente espera não precisar dessa ferramenta (lockdown)”, pontuou.
Fonte e matéria EM