A proposta que pode mudar para sempre a política brasileira ganhou novo fôlego ao avançar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A PEC 12/2022, que extingue a reeleição para prefeitos, governadores e presidente, além de estender mandatos para cinco anos, já provoca apreensão e articulações nos corredores do poder.
Se confirmada, a medida só passará a valer a partir das eleições de 2030, preservando o pleito de 2026, mas promete romper com décadas de práticas políticas tradicionais, forçando líderes a buscar novas estratégias para manter influência — seja elegendo aliados, migrando para o Legislativo ou disputando cargos federais.
A movimentação tem dividido partidos e políticos entre aqueles que temem perder espaço e quem vê na renovação uma oportunidade para fortalecer seus quadros. O embate promete esquentar, já que grupos ligados ao governo e aos estados resistem à mudança.
O que está em jogo vai muito além do calendário eleitoral: é uma disputa pelo futuro do poder no Brasil. O Congresso vai conseguir decidir o destino da PEC ainda neste ano ou o tema será adiado para o fogo cruzado das eleições de 2026? A resposta pode definir rumos para toda a próxima década.